quarta-feira, 24 de novembro de 2010

«tarde de chá num jardim de camélias»

A minha alma está ressequida.
Velha.
Como um livro antigo
Lido demasiadas vezes.
Desfolhado e redesdobrado sem fim.
E que se desenrola com cada dedilhar
Salivado que por ele passa.
Com o seu valor e espírito e tudo.
Mas ressequido. Esquecido numa prateleira.

A minha alma é como os livros que leio.

Como os livros que amo.
Como os livros que todos ignoram.

O livro da minha vida.
O livro do mundo.
Alma fechada em si (e sobre si).
Aberta para todos.
Fechada e esquecida para os outros.

Nada. Morte. Nascimento.
Tudo.

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toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.

as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.