quarta-feira, 29 de junho de 2011

há pessoas e, depois, há idiotas.


e é só isto. gosto da forma como algumas pessoas se metem onde não são chamadas. e de como, anonimamente (cobardia total, saliente-se) criticam e opinam sobre coisas que não conhecem e sobre as quais não fazem a mínima ideia.

há uma grande diferença entre literatura e entre desabafos do tipo meu-querido-diário. temos de saber reconhecer a diferença. nem tudo o que se escreve retrata a pessoa que escreveu isso. na verdade, o acto de escrever serve para que nos possamos colocar na pele de outras pessoas e ir de encontro àquilo que pode ser mais ou menos emocionante para os leitores. (podendo, ou não, servir de catarse pessoal. se for ambos, melhor)

deixo um aviso, para a próxima vez que alguém queira comentar de forma idiota o que quer que seja, por favor, pense um bocadinho (2 segundos bastarão, verá) antes de o fazer. é que toda essa indignação suspirada de quem tem a sensibilidade literária de um alfinete não fica bem.

e, se não gosta, não leia. cada um faz o que quer, tenho tanto o direito de escrever como qualquer outra pessoa e gosto pouco que me digam o que fazer.

e, agora sim, eu própria digo (tradução para totós: não estou a fazer uma extrapolação literária, é mesmo a minha opinião): a inveja é um sentimento muito feio. e, provavelmente, quem é frustrado aqui não sou eu...


#aos outros: desculpem toda esta agressividade, mas há limites#

domingo, 26 de junho de 2011

tem dias que sim

há dias em que penso que poderia resultar. mesmo. é toda uma sensação de formigueiro inexplicável que me invade os sonhos com cheiro a bolos acabados de fazer no ar.

tu e eu, num abraço infinito. breves momentos de perfeição.

mas, depois, lembro-me que nem eu nem tu somos assim. que somos tão parecidos e, contudo, tão diferentes. mas que somos livres. e não é que somos perfeitos assim mesmo?

por mais tartes que saiam do forno, o sonho continuará sempre isso mesmo - um sonho.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

blame it on the girls, blame it on the boys

e logo eu que prometi que, por ti, não derramava nem mais uma lágrima.

e que, desta vez, foi por uma coisa completamente idiota.

mas, eu gosto mais dele que de ti, que raio! [então porque é que é sempre ele que te afecta?]



terça-feira, 21 de junho de 2011

run away


há dias em que me apetece fugir. apenas, fugir.

(mas depois olho para frases como estas, vejo o teu sorriso e penso:
 "damn, what a shame it would be to run away")



sorrisos. a melhor maneira de comunicar.


ai que calor, ai que calor

não, não se tornou mais fácil ser eu. não, não perdi a minha indecisão e muito menos a minha brevidade. não, não aconteceu nada de bom e diferente.

mas, estranhamente, "the living is easy" #Summertime#

hoje, com a certeza que sou amada, somewhere, somehow. 

sábado, 18 de junho de 2011

diálogos hipotéticos comigo mesma #2

- então e aquele?
- esse? não me apela à alma. e eu sou uma mulher de paixões de alma.
- e o outro apela?
- sim. e é por isso que não vou desistir.

"acho que nunca soubeste o quanto eu gostei de ti. esta é a carta que eu nunca te escrevi"

"eu sou a merda que vês, ao menos sabes quem sou.
e sabes que tudo o que tenho é tudo aquilo que te dou."



"e se ainda não me conheces então nunca me conhecerás"


pedir desculpa pela minha cobardia de não conseguir falar é o mesmo que pedir desculpa por não querer magoar-te apenas para aliviar a minha consciência. mereces - merecemos - mais que simples palavras. isto, assim, fica para sempre, suspenso é certo, mas fica. guardado na minha memória e só na minha. até morrer. até depois.

"o coração de uma mulher é um mar de segredos"

"care for a drink?" "care for me?"


penso no quanto gosto de café. no seu cheiro reconfortante, no seu sabor intenso e em todo o ritual que o envolve sempre. simples, claro está - sem qualquer adição; seja açúcar ou leite ou o que seja - gosto mesmo muito de café.

depois, penso no quanto gosto de um chá de vez em quando. seja frio, com uma rodela de limão e dois cubos de gelo, ou quente, simples ou com açúcar e, quiçá, leite. à boa velha maneira inglesa.

mas, no final de tudo, penso em ti. se me escolherias a mim em vez de uma chávena de chá ou de uma caneca de café fumegante. se escolherias beber tudo o que tenho para te oferecer: beber-me a alma e tudo. 
sem nunca esqueceres o ritual que envolve o acto de tomar uma bebida: primeiro respira-se, cheira-se, depois leva-se a bebida à boca, prova-se um bocadinho e, por fim, saboreia-se gota a gota até que nada mais reste. 


gostava de saber se me escolherias, algum dia. fosse pelo que fosse.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

"fica" "vou" "porquê?" "porque tem de ser. o que é perfeito só não acaba se eu acabar primeiro"



sei que um dia te vou ter. consigo senti-lo...como uma sensação de formigueiro que arde nos olhos. 
e, depois disso, vamos acabar ao luar, a beber o suco do prazer noite fora. 


vamos ser perfeitos até que eu me vá embora (sim, sempre a brevidade)





metaforicamente falando



porque, por ti, subia ao mais alto dos edifícios e atirava-me de cabeça, pairando sobre a cidade.

o que eu te fazia agora...


e era só para dizer que RAWR

terça-feira, 14 de junho de 2011

indiscrições picantes

"Gosto de sentir a tua barba dura
a arranhar-me os seios
simular-me cortes nos mamilos

A peregrinar-me o corpo
em descobertas picantes
de voraz languidez

Gosto de sentir a tua barba dura
a passear na pele
a desbravar-me arestas

A marcar caminhos
dar à luz desejos
despertar as fomes

Essa barba dura
que me arrasa
e me deixa em brasa"

"Cantiga de Amigo (Mickey Rourke)"
in De Boas Erecções está o Inferno Cheio



perdoem-me. mas não resisto a um homem de barba rija, que me seduza com a sua excentricidade e me aqueça lentamente, com calma e atenção. e me provoque um misto de sensações pelo corpo e pela alma.

[and i do mean um HOMEM]

inevitabilidades da vida

"Primeiro
chamas-me amor
e depois
fodes-me."

"Foi Você que Pediu um Par de Cornos?"
in De Boas Erecções está o Inferno Cheio



e não é sempre assim?



segunda-feira, 13 de junho de 2011

visto-me de cetim preto e perfumo-me na esperança que seja eu própria a sair à rua e não uma qualquer.

toda a gente me diz para ser mais confiante e arriscar. usar aqueles saltos altos vermelhos de verniz polido e finalmente dizer o que penso de verdade, o que quero.

mas, e apesar dos 50/50 que todos temos sempre que abrimos a boca, está-me a parecer que não consigo atirar-me do penhasco de cabeça. não desta vez. já morri vezes demais, parece que caio sempre fora de água ou bato numa rocha. e, desta vez, gostava de sobreviver.

mas, e se sobreviver, neste caso, signifique não viver?

só gostava que pintar as unhas de vermelho e mudar todo o corte de cabelo me desse o empurrão para me atirar de vez.






sábado, 11 de junho de 2011

i'm a dreamer

às vezes acho que sonho demais.

e depois há dias, como hoje, em que acho que não faz mal sonhar.




sexta-feira, 10 de junho de 2011

tenho de parar de sonhar acordada. julgo que comer chocolate teria o mesmo efeito, mas menos culpa associada.

consigo imaginar-nos a comer pastéis e a beber café noite fora, envoltos numa conversa sobre literatura e uma troca de sorrisos e disparates que tais.

consigo imaginar toda uma fantasia construída sobre fundações de natas em castelo. uma discussão sobre política aqui, uma cerveja bebida ali e umas viagens por esse mundo fora.

consigo imaginar momentos perfeitos de tão ridículos que são. saídas que nunca aconteceram mas que enterneceriam o mais insensível dos mortais. cocktails chiques e vestidos de gala, seguidos de uma corrida pela cidade, descalços.

consigo imaginar-te. ver-te. quase que sentir-te e cheirar-te.

só não consigo é imaginar a realidade.

erros sucessivos

não acredito que estou outra vez assim. jurei para mim mesma (inúmeras vezes) que jamais voltaria a ficar assim, a deixar-me ir e cair nas tentações. que não cairia à primeira conversa madrugada fora, nem à segunda, nem à terceira.

o problema? já foram conversas a mais. e, eu, como sempre. caio. caio. caio. caio.

#que grandecíssima idiota me saíste, C.! és parva, ou fazes-te?#

só queria saber porque é que me apaixono sempre nas piores alturas. e sempre por pessoas que julgo serem boas demais para mim. ou pelas pessoas erradas. que claramente nunca irão sentir (remotamente) o mesmo.



queria saber porque é que me dás a volta à cabeça. e porque é que, por ti, sou capaz de deixar de dormir apenas para ver meia dúzia de palavras escrevinhadas noite fora.


pazes de perdão em noites de semi-Verão

afinal, os amigos ficam mesmo. sempre.

sábado, 4 de junho de 2011

prefiro um estalo bem dado e uma discussão do que o limbo passivo-agressivo de caramelo que criámos

-  i'm sad, down. e não vai passar. ele é orgulhoso, casmurro e infantil, mas é adorável. e, talvez, a única pessoa a quem pedi desculpa mesmo quando senti que não devia. aliás, única pessoa a quem PEDI desculpa. mas isso não importa, porque ele não vê.

- ele tem defesas. tens de ter paciência

- e tenho. mas não gosto que ele me trate assim de forma diferente. quase como se fosse uma 'estranha'. não gosto que ele nunca 'veja'...
e ja sei que ele não vai voltar a ser o que era, conheço-o bem demais já...

- não gosto de vos ver assim...

- ele fala, mas não é da mesma forma, sabes? weird part? já estive mais triste...agora só me arranha ao de leve. porque não há nada a fazer.