terça-feira, 28 de dezembro de 2010

pózinhos de perlimpimpim

idiossincrasias.


no matter where we end up, always remember where we came from.


"a beleza está nos olhos de quem a vê" - I SEE YOU





METAMORFOSES
dondoca na boa vida. dondoca não, bomboca.

Acto II - 'Tentar ver beyond the surFace pode ser difícil, mas vale a pena'

às vezes o que vemos não chega. outras vezes é demais.
As aparências iludem,por mais cliché que isso seja.

"i know not what tomorrow will bring"

o futuro é como as pétalas daqueles malmequeres que alguém um dia viu na minha cama. o contraste entre a beleza que é a vida e o amor e aquilo que é uma mera representação de tudo o que somos.

destino?ah, esse cada um tem o seu. mas acredito piamente que pode ser mudado; um bocadinho aqui, outro ali...uns pózinhos mágicos e voilá, mudamos de linha nos carris do nosso próprio comboio. o destino é sempre o mesmo então, o que muda é o caminho, a viagem - porque temos várias possibilidades traçadas, delineadas no chão (os trilhos da vida quiçá) mas cada dia, cada escolha faz com que optemos por um em deterimento de outro, mesmo sem nos apercebermos disso (será magia?)...

o que conta, porém, no final de todo esse percurso atribulado e sinuoso, é a experiência.

"I know not what tomorrow will bring" 

porque a vida não passa de rabiscos numa folha de papel amachucado

M.-"eu estou a fazer uma coisa. e isso dá-me o direito, por lei, de não dar mais explicações "

C.-"eu estou a sentir-me só. e isso, dá direito a quê?"



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

desejos de chocolate com recheio de laranja

CP:"sabes de que é que eu gostava? de saber o que os outros querem. e ter uma lista com isso"
C.:"eu também queria isso".

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Era tudo tão mais fácil se soubéssemos com o que contar, o que esperar. O pior é que nunca vamos saber; nem nós nem os outros, porque cada um fecha aquilo que pensa, sente e quer na sua concha e tem medo de a abrir, mesmo que seja uma ostra  que encerra em si uma pérola.




Assim, tudo o que poderia ser fica apenas como um fio frágil de algodão doce ou umas migalhas espalhadas pelo chão que é a vida.

"Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!"

Voltei. Hoje voltei a ser eu. Voltei a escrever. Voltei a sentir.

Tenho estado tão distante de mim mesma, tão absorta, que os meus próprios sentimentos se diluíram e tornaram-se nos de outra pessoa qualquer - eu já não era eu.
Mas, afinal, o que sinto? SAUDADE.

Saudade de ti, dele e do outro.
Saudade de todos os demais.
Saudade do que foi.
Saudade do que não foi.
Saudade do que podia ser.
Saudade do que será.
Saudade do que nunca será.

Voltei àquela minha confusão corpuscular interior. Às vezes julgo que se medissem a cinética celular das minhas células concluíriam que elas se movem em permanência e com demasiada velocidade. Não sei porquê,mas continuam a surpreender-me pela sua capacidade de me tornar mais infeliz a cada dia. Não que não seja feliz, porque o sou em muitos aspectos; menos naquele que reflecte o meu egoísmo e incapacidade para a solidão.

Eu baralho tudo. Deveras, baralho. Sinto demasiado, demasiado tempo, demasiadas coisas. Sinto demais. E sinto sempre a coisa errada na altura errada, na forma errada, pela pessoa errada.


Toda eu sou um erro constante de sentimentos.

E chego à conclusão que é sempre daquilo que poderia ter sido que sentimos mais a falta; porque sempre construímos castelos no ar e julgamos que um dia habitaremos essas nuvens do incerto doce. Mas a realidade é trovoada.

E tu nunca irás sentir-me,pois sei que para ti nada mais sou que um trovão a ribombar nesse teu raio de luz frágil em contraste com a escuridão onde me encerras.



‎"E que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio."

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Aya

Para a Joana Miranda
Cantos e recantos
Definem o teu labirinto,
Onde escondes as tuas camadas,
Onde perdes as tuas folhas caídas de Outono.

O caminho será, um dia,
Descoberto por arrojados navegadores.

Nesse dia, o teu
Mundo deixará de ser o
Abismo.

Será por fim, o
Círculo da perfeição.

Apolo

Para o João Apolinário
Podias quebrar a bruma de
Mistério que levantas tal
Nuvem esfumada no céu.

Podias ser menos e mais
 e mesmo assim ser apenas
Tu.

Mas tu és a tal cascata
De sensações
Que flui e escorre
Em permanência constante, sem ninguém a apanhar.

E que para sempre será Sol da natureza seca.

Para a Teresa Pina
Com um toque de flores
E cores
E branco,
Trazes os bonecos de volta à nossa vida.

Sempre incansável,
Acredito verdadeiramente na tua
Essência de flor a desabrochar.

Não deixes de viver a vida de forma
Apaixonada.
Como se fosse o orvalho que te salpica
Nas pétalas do teu ser.

«deus» Grego

Para o João Sousa
Como escultura
Surges do nada.
Moldado a barro e giz.
Entalhado, desenhado, cinzelado.

Não deixas, porém
De sair do teu pedestal,
Abraçando o mundo
E os seus comuns mortais.

Um dia poderás verdadeiramente
andar entre nós como igual,
Sem deixares aquele rasto de gesso
Perdido.

Girl In Motion

Para a Mónica Santos
Mas haverá alguma coisa mais perfeita,
Que uma bola de sabão?

Acho que, “cogumelamente” falando,
És a minha reserva de vidas
Neste jogo que é a existência.

Brilha, reluz,
Voa.
Espalha o teu perfume perfumado
Dessa tua perfeição redonda etérea e transparente.

Vive o teu conto de fadas Disney.

RP

Para o Rui Carvalho
Por pequeno te tomam
E, tu, recusas a aceitar
A fatalidade da tua
juventude.

Mas és grande,
Maior que os Homens,
Pois és figura real.

Especial.

Dr. Richard Rivers

Para o Ricardo Crespo


Querias  ter o Sonho
que dizes não ter.

Avaliar a condição das
ligações e uni-las a ti.

Mas, voas ao sabor do
vento.

És livre.

MÍTICVS

Todos os dias
Contemplo o céu e vejo
As estrelas que iluminam
A minha vida.
Como se de uma cascata se tratasse,
Cai a luz em véus de seda,
Trazendo com ela
A fotografia de um novo dia brilhante.
Relembro,assim, aqueles nossos fragmentos
Ao luar;
Em que todos somos a comunhão
Harmoniosa de feixes e fotões coloridos.
Rodopiando, evocamos em nós
A certeza de um arco-iris ímpar e único.
Mítico, na sua essência e ,para sempre,
Reluzente.