terça-feira, 31 de maio de 2011

dias de hortelã e menta

Step one you say we need to talk
He walks you say sit down it's just a talk
He smiles politely back at you
You stare politely right on through

Some sort of window to your right
As he goes left and you stay right
Between the lines of fear and blame
You begin to wonder why you came

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

Let him know that you know best

Cause after all you do know best
Try to slip past his defense
Without granting innocence

Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God he hears you

And pray to God he hears you

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

As he begins to raise his voice
You lower yours and grant him one last choice
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed

He will do one of two things
He will admit to everything
Or he'll say he's just not the same
And you'll begin to wonder why you came


Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

uma questão de perspectiva

e depois de semanas e semanas de esplancnologia, angiologia  e afins, tudo me parece mais fácil.

quem consegue saber (e gostar) disto tudo, também consegue sobreviver às merdinhas da vida.

(às vezes juro que acho que toda a parvoíce que me rodeia me afecta)





segunda-feira, 30 de maio de 2011

interrogações profundas


- o teu cabelo está outra vez grande.

- hum. talvez o volte a cortar. achas bem?

domingo, 29 de maio de 2011

"E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz"


tenho uma grande dificuldade em perceber a diferença entre "dar tempo" e "deixar passar"; aquela diferença entre mostrar que nos preocupamos, não nos esquecemos e queremos, e o 'deixa ver no que é que isto dá' que tanto pode advir do medo de sermos 'chatos' ou apenas de quase indiferença.

não consigo ser indiferente, mas tenho medo de ser chata e insistente.

quero que saibas que me preocupo e todos os dias me lembro.

por isso, o que é "dar tempo"?

(talvez seja mesmo isto. pensar e escrever mas não dizer nada. esperar, somente)


"Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço."

FP

diálogos hipotéticos comigo mesma

- sabes, sinto-me estranha. com uma sensação de peso no peito, como se não conseguisse respirar... ando preocupada, será que estou doente? ultimamente cada batimento cardíaco, cada fôlego me parecem uma tortura... como se tivesse um bloco de pedra gigante em cima de mim, sempre, e não o conseguisse mover.

- hum, se calhar devias ir ao médico. pode ser stress a mais... andas com tanta pressão, tantas coisas na tua mente. e depois, todo aquele ambiente pesado e o cheiro a cemitério que odeias, as flores tristes...talvez tenha sido isso.

- talvez. ou talvez tenha sido aquela outra coisa. a que eu estraguei sozinha e perdi por minha culpa.

- perdeste muito esta semana.

- sabes, às vezes odeio-me. odeio-me, odeio-me, odeio-me, odeio-me, ODEIO-ME!

- ...esse foi, talvez, o grito mais sentido e visceral que já te ouvi dar. talvez te ajude. não sei. tens de ter calma. tens de esperar.

- e, entretanto, odeio-me?

- se for isso que é preciso para que tudo se resolva, sim. mas, por favor, respira. luta contra o bloco de pedra, move-o.

- mas, sabes, o problema com as pessoas que se odeiam a si próprias é não conseguirem amar mais nada, mais ninguém. só por isso é que não me odeio. porque, claramente, o amo.


sábado, 28 de maio de 2011

#isto sou eu a dar-te tempo#



I'll sing it one last time for you
Then we really have to go
You've been the only thing that's right
In all I've done


And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear

Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say

To think I might not see those eyes
Makes it so hard not to cry

And as we say our long goodbye
I nearly do

Light up...

Slower slower
We don't have time for that
All I want is to find an easier way
To get out of our little heads

Have heart my dear
We're bound to be afraid
Even if it's just for a few days
Making up for all this mess



desculpa.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

carta para ti: "sometimes we let ourselves lose something we shouldn't"

Para ti,

não sou perfeita, nada mesmo. sei que não sou. sei-o desde sempre. e, por isso cometo erros. sou falível, humana.

tenho sempre uma certa tendência para falar por falar, ou melhor, para dizer coisas sem pensar, para o ar, em conversas banais de café. mas esqueço-me que os outros não estão na minha cabeça; não sentem o que eu sinto nem pensam o que eu penso. e esqueço-me que as pessoas vêm em ângulos diferentes e formam, por isso, ilacções díspares.

nunca te magoaria de propósito. acho que sabes isso, espero pelo menos. e jamais te mentiria. sim, sei que, talvez, numa dessas minhas banais conversas de café, posso ter exteriorizado alguma frustração. mas nunca, nunca disse mal de ti. e nunca irei dizer. jamais. porque não mereces.

"preocupo-me demais com ele" disse eu um dia. "ele" eras tu. porque é verdade, porque me preocupo. porque se não preocupasse não seria capaz de escrever isto, nem aquela carta, nem nada.

eu sei. compreendo a tua perspectiva. a sério que sim. mas não tentaste perceber a minha. sou uma pessoa falível. humana. às vezes sinto coisas que não devia, que não aguento sozinha, mesmo que na realidade não seja verdade. mesmo que seja só um fruto do cansaço extremo. mas isso não quer dizer que alguma vez te desse menos valor. nem que tu me desses menos valor a mim. nem nada disso.

sabes, continuo a fazer rewind daquela tarde. de como precisava de ti (e de como sempre preciso mais eu de ti do que tu de mim) e de como saiu tudo mal e foi tudo mal interpretado. e peço desculpa. mesmo que não tenha sido intencional percebo, agora, que te magoei. que traí uma confiança que tinhas. mesmo que não fosse isso que eu queria, mesmo que o tenha feito sem sequer me aperceber. porque, sabes, não percebi.

#Mad World do Moby tem-me vindo a assombrar como se fosse banda-sonora destes dias#

espero que, um dia, me perdoes. por ser assim: uma mulher que sente demais, pensa demais e, sobretudo, fala demais. sem sequer reparar.

li, há pouco que "sometimes we let ourselves lose something we shouldn't" e pensei que não quero ser assim. não desisto. não desisto de alguém só porque fiz uma asneira. não. até porque acho que se a amizade for aquilo que eu sempre achei que fosse, não é esta confusão (uma ninharia, uma estupidez que nem sequer percebi que estava a acontecer) que a vai terminar.

li, também que "every passing minute is another chance to turn it all arround". digo-te, se não tivesse lido nada disto, não teria escrito. tinha toda esta ideia de que o tempo resolveria as coisas porque irias ver e perceber sozinho o quanto isto me magoa e faz mal e o quão culpada me sinto por uma coisa que nem percebo como deixei acontecer. (mais uma vez, talvez concorde com a teoria de que somos todos doidos. devo ser. para fazer isto só pode. mas vale a pena tentar. it's worth the shot. you're worth the shot), mas depois pensei que se tudo pode mudar numa tarde para um dos lados, então também pode para o outro.

e fico-me por aqui. dizem-me que "quem fica a perder é ele." mas eu sei que não. sei que quem perde sou eu. sempre. porque depois de tudo isto o meu coração apertou-se mais um pouco e a minha alma ficou mais pequenina. porque isto não faz sentido nem devia ter acontecido. porque nunca na vida me arrependi de uma coisa. excepto disto. não vale a pena mais desculpas. o que foi, foi. só espero que compreendas, que tentes ver o quão importante és. sim, porque se não fosses nunca reagiria como reagi quando disseste que não confiavas mais.

desculpa. espero que...nem sei o que espero. seria mais "quero que volte tudo a ser como dantes" se bem que, com isto, não pode voltar a ser. nunca poderia. mas pode vir a ser melhor. chama-se crescer. e, às vezes, os amigos também se zangam e precisam de coisas como estas para crescer (eu sei porque cresci) mas não deixam de ser amigos.

e, entretanto, vou sendo tua amiga sozinha. porque, quando se gosta, respeita-se. e isto sou eu a tentar respeitar a tua decisão. mesmo que me doa.

i wish you the best, always



e, só para que conste: i didn't cry you a river; i cried you a fucking ocean.

terça-feira, 24 de maio de 2011

quando menos esperares partirei. nesse dia, não precisarás mais de mim

sou tão breve. flutuo por esse mundo tal libelinha de nenúfar em nenúfar. e nunca fico; nunca permaneço, nunca mais que um determinado período de tempo.

sou como aquela personagem, a Nanny McPhee:
fico enquanto precisam de mim mas não me querem. vou-me embora quando me querem mas já não precisam.

poderia dizer que isto é triste. mas, na verdade, é apenas a forma como as coisas são.
não sou usada; deixo-me usar, é ligeiramente diferente.


e, no fim, fica apenas a convicção que a minha passagem (breve ou não) ajudou.
mudou aquela pessoa.
tornou-a melhor.
mesmo que eu nunca fique. mesmo que a minha vontade e os meus desejos nunca se cumpram.

[resta-me esperar que haja alguém como eu e que, num desses vôos primaveris, nos encontremos e mudemos de rumo simultaneamente, fugindo do vento que nos arrasta]

sábado, 21 de maio de 2011

uma sensação de perda.

não tenho medo de viver. vocifero, praguejo, insulto. adulo, elogio, adoro. ambiciono, quero, desejo. e, mesmo assim, nada digo. nunca.

as palavras não são mais que gotas de tinta que chuviscam no rabisco que é a vida.

se eu não fosse eu, era Sofia

Sofia é uma mulher com je ne sais quoi. stilettos vermelho-vivo de verniz polido e vestidinhos pretos de seda justos e decotados. mas sempre com classe. não tem medo de nada. vive a vida a seu gosto e com gosto. é inteligente. sabe o que quer, como quer e quando quer. fala do politicamente correcto de forma politicamente incorrecta. não tem medo do termo 'concomitante'. a sua vida profissional é um sucesso e a pessoal não lhe fica atrás. quanto à sexual, é soberba. uma autêntica leoa que domina a arte da sedução.

se eu não fosse eu, era Sofia.

Sofia vive em mim, no prédio da minha mente. faz parte da minha alma. mas, como ela, inquilinos há muitos, espreitando do alto das suas cortinas membranares coradas de prata.

a rapariga do pijama roxo, que cozinha muffins de chocolate e redige cartas de amor - rídiculas, como devem ser - plantando malmequeres no jardim do seu quintal e colhendo-os para o seu leito de delícias açucaradas.

a pragmática diplomata, sempre muito atenta aos acontecimentos (inter)nacionais. comentadora assídua do panorama político-social actual e crítica assaz da retórica demagógica. muito opinativa; lê, relê, analisa. a mente é a sua pièce de resistance.

a escritora excêntrica. bipolar intelectual, é criativa e sensível. não dispensa o seu chocolate quente e uma manta em dias de chuva. o cafézinho é essencial nos momentos decisivos de inspiração voraz, bem como a caneta ou o seu laptop de estimação. gosta de comida macrobiótica, usa sweatshirts largas e com as mangas demasiado compridas, bem como cabelo sempre apanhado com pequenas cascatas de madeixas desleixadamente atractivas que competem com os seus gigantes óculos-de-massa coloridos.

a rapariga sonhadora. bebe sempre sumo de laranja ao pequeno-almoço com as suas torradas, perfeitamente tostadas, com manteiga derretida. tem demasiadas sweet delusions e ainda acredita que o mundo pode ser salvo de si mesmo. uma caixa de chocolates, uma flor ou um beijo apaixonante determinam o seu estado de espírito.

a dominadora. ela quer, ela tem. o seu poder de persuasão é tão elevado que consegue dar a volta a qualquer situação. é rebelde, destemida e adora cabedal e uma boa discussão. se souberem push the buttons - os botões certos, claro - e a provocarem, assegura-vos a mais louca noite de prazer que terão. é agressiva e manipuladora, mas muito sexy. a autêntica bad girl, off limits.

a nerd. estuda, estuda, estuda. muito concentrada e focada, consegue irradiar charme quando socializa, mas fá-lo tão escassamente que o seu futuro se resume ao profissional - com o maior sucesso - mas, mesmo assim, apenas o profissional. viajante por natureza, percorre o mundo em busca de novos conhecimentos e maravilha-se com as diferenças culturais.

há ainda outros que tais. pessoas mais tímidas, que se escondem do mundo e não saem à rua. fechados nos seus apartamentos mielínicos, sem janelas de receptores que os conduzam para o frenesim do sentir...

se eu não fosse eu, era Sofia.

o problema aqui é que há dias em que parece que saem todos da sua redoma e estimulam a musculatura do meu ser, espreitando do alto das suas sinapses e enovelando-se frente à porta da entrada arterial mais electrizante.




se eu não fosse eu, era Sofia, somente. mas ser-se C. é tão mais louco.

"Sem a Loucura que é o Homem, mais que a Besta sadia, Cadáver adiado que Procria?"
Fernando Pessoa


sexta-feira, 20 de maio de 2011

desabafos de uma rapariga perdida

queria só ter um pouco mais de tempo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"you might wake up and notice you're someone you're not"

"if you look in the mirror and don't like what you see you can find out first hand what is like to be me"




nunca se questionaram se a vossa vida era para ser vivida da maneira que a estão a viver?

e uma sensação de "bolas, fodi tudo" que se apodera de mim



#quem é esta pessoa que me roubou a alma?#


terça-feira, 17 de maio de 2011

o medo torna-nos sós.

será favorável e estará escrito?

normalmente os textos tendem a delinear-se a si próprios; não há controlo sobre a tinta que escorre, só sobre a mão que segura a caneta da vida. [e, mesmo essa, às vezes escorrega, esborratando as linhas perfeitas e criando novas reticências no caminho]

segunda-feira, 16 de maio de 2011

o segredo da felicidade é saber cair nas tentações

sou um mau partido. sou mesmo.

sou um mau partido porque falo. e muito. falo, falo, falo. dou a minha opinião, sempre. gosto de uma boa discussão e odeio que me digam o que pensar. sou um mau partido porque tenho ideias próprias e critico o que me rodeia.os homens não costumam gostar disso, então sou um mau partido.

sou um mau partido porque não faço tudo o que me mandam, porque sei bem o que quero da vida. porque vou ter uma carreira, porque sou minimamente inteligente, porque não vou ficar fechada em casa tal doméstica a ver os programas da manhã na TVI.

sou um mau partido porque adoro política. e ciência. e todos sabem que uma mulher assim é perigosa.

sou um mau partido porque adoro cozinhar. e comer. e limpezas. tenho a mania da organização. sou um mau partido porque iria cozinhar todos os dias refeições saborosas e iria arrumar a casa mesmo após um esgotante dia de trabalho.

sou um mau partido porque tenho sentimentos. porque não sou constante, porque sei o que não quero e mesmo assim não sei o que quero. porque sou falível, ingénua e humana.

sou um mau partido porque quase não durmo. envolvo-me em tudo. luto pelos meus ideias. faço muita coisa ao mesmo tempo. arranjo tempo onde não há. perco dias de vida e horas de sono.

sou um mau partido porque não iria dedicar 24h/dia à pessoa que estivesse comigo. porque tenho mais que fazer. mas que iria estar 24h/dia sempre com ela. paradoxo hein?

sou um mau partido porque quando precisam perco o meu dia, por eles, por todos. quando estão doentes cozinho, lavo, trato, cuido. quando estão tristes animo, falo, acompanho, compreendo. quando simplesmente estão...largo tudo e vou.

sou um mau partido porque escrevo. porque a medicina é a minha vida. porque quero demasiado fazer tudo a todos.

sou um mau partido porque não sou perfeita. não tenho o corpo perfeito. vou ao ginásio e faço dieta e mesmo assim não sou perfeita. não sou lindíssima e não ando sempre arranjada. não sou perfeita porque não arranjo as unhas todas as semanas nem vou ao cabeleireiro todos os meses. não sou perfeita porque não ando sempre de saltos altos. sou um mau partido porque sei arranjar-me mas também sei ser comfortável e adequar-me à ocasião, ao local, à pessoa.

sou um mau partido por querer uma noite especial, romântica, "aquela noite". e, mesmo assim, sou um mau partido por saber e querer ser arrojada. por gostar de um bom despique. por gostar de joguinhos. por adorar sensualidade e um copo de vinho. por ser bruta e doce ao mesmo tempo.

sou um mau partido porque sim. porque claramente vou sempre ser. porque não sou ideal.

é, sou um mau partido.

domingo, 15 de maio de 2011

inspiração como fôlego [coisas que eu devia ter escrito#2]

"Às vezes penso o que leva, a mim e às outras pessoas, a esconder das outras o que, na realidade, são e sentem. Alguns diriam que é a vergonha, a possibilidade de serem invadidos por olhares rudes e avaliadores até ao final das suas vidas. Ou talvez seja o medo de se sentirem vulneráveis pela primeira vez na vida, depois de baixarem as muralhas que ergueram durante anos e anos, que tão prudentemente souberam manter. Ou será o interesse e a conveniência de uma vida melhor, o desejo pelo luxo que triunfa sobre a sinceridade e o respeito por nós próprios, ao ponto de permitirmos que nos usem e abusem até perdermos, de todo, qualquer noção de ser? Ou, por outro lado, vivemos aterrorizados com a ideia de nos perdermos no meio do entusiasmo que é, finalmente, mostrar ao Mundo a nossa verdadeiras potencialidade – que tão ultrapassa as banais características que nos descrevem à vista dos outros?
Aceitar estas possibilidades acarreta, para além do mais, admitir as nossas fragilidades. Se temos vergonha, somos idiotas por achar que não temos o direito de ser nós mesmos e que nos devemos ajoelhar para a sociedade. Se nos sentirmos vulneráveis, somos simplesmente fracos de espírito e incapazes de nos mantermos de pé. Se apenas queremos comodidade, somos desprovidos de sentimento. Se tememos as consequências da nossa originalidade, somos apenas cobardes. É quando penso nisto que deixo de acreditar em Deus. Pergunto-me qual seria o interesse em criar e suportar criaturas como estas, tão reles e parasitárias. E, se toda esta lenda for verdadeira, acho que Deus deveria ter pensado duas vezes antes de descansar ao Domingo.
Ao pensar nas horas que passo na privacidade do meu quarto… O que faço, o que digo, o que penso, o que vejo… Agora sei que é todo esse conjunto que, embora desvanecido no meio da rotina, dos problemas e do convívio com os outros, me diz quem sou na verdade. A seguir, levanto-me e olho para o espelho, e tento responder à pergunta que ele me faz:
E então, o que é que escondeste hoje?

A resposta, essa, é mais simples e complexa do que parece.


Tudo."
J.



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porque há mais para descobrir sobre cada um de nós; mais sob a superfície. obrigada pela lufada de ar fresco, J.

maus hábitos

tenho uma tara qualquer por bad boys. rapazes rebeldes que quebram as regras ou simplesmente as ignoram. rapazes que só trazem problemas e que nunca seriam aprovados pelos meus pais. rapazes que são capazes de me empurrar à força contra uma parede e insultar-me e, mesmo assim, conseguir que se faça amor com eles depois. rapazes de barba por fazer, com maus hábitos e muita lábia.

feliz ou infelizmente, continuo a apaixonar-me mais pela personalidade e por conversas inteligentes. se assim não fosse julgo que estaria condenada a uma vida de deboche.

sábado, 14 de maio de 2011

fala-me ao ouvido enquanto me agarras pela cintura


nunca acreditei muito nessas tretas holístico-pseudo-científicas: os horóscopos. aliás, não acredito. mas também não acredito na palavra 'nunca' e gosto de estar disposta a novas experiências. por isso, noutro dia, deparei-me com a seguinte frase:







em vez de, tal como faço sempre,  ignorar , decidi prestar um pouco mais de atenção - ler com olhos de ler-. e apercebi-me de um facto curioso: não só julgo que isto é verdade, como também outras citações o eram. claro que, no meio de tanta bipolaridade da minha pessoa, seria difícil não acertar e, sim, há coisas que são totalmente antagónicas à minha pessoa. mas, neste caso, confesso que tocaram no âmago da questão, ao de leve é claro - uma espécie de 'afagar o ego com a ponta do dedo' - mas tocaram e eu senti.

já há algum tempo atrás me questionava em relação a esta área crucial da minha personalidade. se se me afigura óbvio que o prazer é muito importante, não deixo de perceber que cada vez mais o caminho mais fácil para me estimular é...a mente. o meu cérebro. com isto não digo que não reaja a avanços físicos (porque, acreditem em mim, reajo - e muito! -, em especial se envolver carícias no pescoço, uns sopros leves de ar na bochecha, um sussurro ao ouvido e as chamadas festinhas. é isto tudo e conversa explícita - nunca consigo resistir) mas prefiro uma conversa intelectualmente estimulante salpicada com uma pitada de irreverência e discórdia. porque eu adoro, mas é que adoro mesmo, "picanços" - toda a tensão criada por uma boa discussão e troca de ideias excita-me mais que qualquer conjunto de músculos bem definidos e torneados num corpo perfeito.

porque, sabem, é tão sensual quando podemos discordar de forma inteligente do outro acabando encostados a uma parede, com a respiração ofegante, selando um pacto de tréguas com a união do corpo.



inspiração numa gota de suor

"Não o fazes por mal, mas também não me queres bem. Eu penso demais, mas tu pensas de menos. O problema não é só meu, não, apesar de eu o dizer. Eu não digo o que sinto, mas tu não sentes o que dizes. És a antítese mais dura e crua que já vi, já ouvi, já senti. És o fogo mais frio, quando preciso de calor. És a mais forte dor. Porquê? Que queres de mim? amor? Dou-te a verdade nua… Eu odeio amar-te."
RP.




alike feelings



porque não quero ser eu no futuro a falar sobre "the one who got away"

"se fossemos tão lineares e previsíveis, qual seria a diversão? o melhor resulta da tentativa às escuras. vem do inesperado, da surpresa e da possibilidade que havia de não ter acontecido. arrisca."

hoje disseram-me isto. mas porque é que têm todos de ser tão perfeitos menos eu?

o hábito das conversas de café

C. - "obrigada por sempre perceberes o que eu acho. anyway, eu também não procuro isso com o X. é estranho mas, sabes, para mim ele podia dar-me tudo o que preciso numa relação, mas mesmo assim quero ficar como estamos. porque podemos andar nisto para sempre e nada o pode estragar e não é vinculativo. e é melhor. e julgo que ele acha o mesmo. numa espécie de: 'ok, esta coisa é o tipo de relação mais séria que vou [consigo] ter'. mas sem ser nada e ser tudo. makes sense? talvez."

R. - "sim. caraças. entendo-te tão bem e é ridículo. porque aposto que alguém que olhasse para o que acabaste de dizer nos chamava malucos. for sure"

C. - "mas percebes?"

R. - "entendo bem. e acho que se estás super bem com o X, e nenhum quer arriscar perder o que tem...bem, acho natural."

C. - "pois. e eu acho que será assim forever. e sabes que mais? (weird part) até gosto. normalmente sentiria que falta algo e normalmente (dada a natureza fugaz das minhas relações nos últimos tristes tempos, seria o oposto do que estaria agora a faltar). porque agora tenho a parte mental toda. tudo. a ligação. mas sem a parte carnal que costumo ter. weird. como se desse para separar e ter pessoas diferentes nas diferentes 'áreas'. jesus,não faço sentido nenhum"





the bond.
eu diria que esta palavra diz tudo.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

fool me once - shame on you; full me twice - shame on me

"Algo se passa . Às vezes as pernas tremem como se quisessem falhar. Uma espécie de tontura. O coração acelera - algo semelhante a ansiedade, mas bom. No estômago parece que algo se movimenta e tem vontade própria. Já há indicações do diagnóstico."


mas eu, ao contrário do mundo, não gosto. prefiro prevenção a diagnósticos precoces.

paradoxos da minha mente

"Ela disse que também já não me amava, mas que gostava de mim e que só por isso não me havia ainda contado nada. Para não me magoar, disse ela. Eu disse-lhe que também gostava dela. Que uma pessoa não deixa de gostar da outra assim de um dia para o outro. Que, ás vezes, quando nos sentimos magoados, parece que já não gostamos; que em vez de amar, odiamos. Mas que, quando a dor passa, o amor regressa. Um amor pequeno e diferente. Mas bom."

in As mulheres deviam vir com livro de instruções, Manuel Jorge Marmelo
 
 
ando demasiado introspectiva.

leitora de almas

transcrevendo:

"A morfina psicológica do ar que te rodeia ataca-me sempre todos os músculos e faz a minha alma tombar. Na mão trazias um pequeno livro de páginas já amarelas, desgastado pelo tempo. Disseste-me que podia cheirá-lo, sabendo ser o vício de qualquer leitor. Estávamos separadas por uma distância mental enorme, um abismo psicológico. Este bilhete era só para te deixar saber que foi a primeira vez que me soube tão bem estar tão afastada mentalmente de alguém, e ainda assim a sentir-te tanto em mim."


um dia vou saber ler.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

não sei se já bebi demais ou se não bebi o suficiente...

"A vida é a hesitação entre uma exclamação e uma interrogação. Na dúvida, há um ponto final."

Bernardo Soares [Fernando Pessoa], in Livro do Desassossego



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ocorreu-me que odeio sentir-me vulnerável. e muito menos exposta. daí odiar 'categorizações' e sentir-me estereotipada.  a diferença está em querer ser igual a nós mesmos e não em padronizar-nos por aquilo que é diferente.




{um dia, estas ideias vão ganhar forma e materializar-se;
um dia, alguém (me) vai perceber}


coisas que eu devia ter escrito#1

quem sente exprime?

consistência firme, cor avermelhada

peso: aumenta gradualmente com a idade, é um pouco mais pesado no homem que na mulher

[engraçado como foi preciso estudar anatomia para me questionar]

sempre pensei que as mulheres tivessem um coração maior: mais capaz de 'sentir', de amar. ou, pelo menos, assim mo transmitiram. mas, as evidências são bastante claras - o coração nos homens é mais pesado.
eu sei, com isto não quer dizer 'maior', 'mais capaz de amar'. quer apenas dizer que a sua massa é superior. mas 'mais pesado' nunca antes me pareceu tanto 'mais sofrido' como agora.
mas, poderá ser? 'mais sofrido'? quem sofre, sente - é premissa assente. por isso, se for realmente 'mais sofrido', terei de concluir que 'sente mais' ou, pelo menos, 'mais intensamente'.
então, porque me é tão difícil ver isso, perceber [percebê-los]?
julgo ser impossível distinguir entre os que não sentem (e, por isso, são as chamadas 'variações anatómicas') e os que sentem mas não conseguem exprimi-lo (ou serão estes as excepções?)

"distingues pelo tempo que te demora a dizer o que sente ou sentiu. eventualmente, quem sente, confessa-o. de um ponto de vista mais prático notas uma alteração no discurso da outra pessoa quando ela (res)sentiu algo. mesmo que não diga o que é. ou que fale da mesma maneira, a forma como as conversas progridem é sempre reveladora."
faz algum sentido. mas, terei eu o tempo necessário para averiguar? pior, saberei fazê-lo?

entendo, contudo, como poderia um sentimento evoluir e 'crescer' - tornando um coração pesado - se assim for; guardar as coisas nos confins do nosso baú vital custa - e muito! - e, isto, pesos à parte, é transversal a homens e mulheres.


surge, no entanto, uma outra ideia.
"nao distingues - são uma só coisa. como é obvio, todos os homens sentem; a diferença entre eles e as mulheres é que poucos sabem (ou têm a coragem) de mostrar o que sentem - vivem demasiado vidrados nas possíveis consequências do que possam sentir. no fundo, no fundo, são bem mais complicados do que as mulheres"

'mais complicados'? então tiram-nos o recorde de 'maior' coração e agora também o de maior complicação?
nada faz sentido. sempre pensei nos homens como simples. se bem que a condição humana seja para a negação disso mesmo (isto, claro, se tal coisa como uma 'condição humana' existir). mas talvez sejamos nós que os simplificamos; ou, talvez, sejam eles que se (nos) compliquem demais...

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"O amor quer a posse, mas não sabe o que é a posse. Se eu não sou meu, como serei teu, ou tu minha? Se não possuo o meu próprio ser, como possuirei um ser alheio? Se sou já diferente daquele de quem sou idêntico, como serei idêntico daquele de quem sou diferente?"
Bernardo Soares [Fernando Pessoa], in O Livro do Desassossego



e, no final, pergunto-me se algum dia irei saber distinguir... 

domingo, 8 de maio de 2011

uma grande lata


agora é um bocadinho tarde demais para isso; "quero-te mais uma vez", dizes.


o prazer que me dás não compensa a fraqueza de me ceder a ti,
nem agora nem nunca.


suspiros perdidos

"ele é uma pessoa diferente, é miseravel porque assim quer. ele não acredita no amor, acha-se demasiado especial ao ponto de pensar que é a unica pessoa no mundo incapaz de amar. vive afogado em nostalgias como se o presente não tivesse nada para lhe oferecer e a vida não fosse mais que cinzenta.
ele é o que quer ser: miserável"
 
e acho que, com isto, descreveste muito da minha realidade e dos que nela habitam.
 
 

ridicularidades femininas

porque toda esta conversa de malmequeres perdidos num diz de nuvens cinzentas me ajudou.

D. - "acho que sofremos todas [do mesmo mal - não saber escolher o homem]"
C. - "ou isso ou eles são todos idiotas. começo a achar cada vez mais que sim"
D. - "lá isso são! ou entao nós é que somos demasiado sentimentalistas"
C. - "não, eles também são. só que fogem disso como quem foge de um monstro de 7 cabeças e preferem fingir do que admitir o que sentem e, sei lá, parecer mal"
D. - "houve alguem que me disse que eu era retrógrada e ingénua por acreditar em príncipes encantados. que na vida tudo se resumia a prazer"
C. - "também já me disseram isso, mas, sabes, há pessoas que gostam de magoar as outras [não digo que o prazer não governe as coisas, mas não é o único factor.]não sei deve dar-lhes um gozo qualquer. mas essa pessoa nunca vai ser feliz"
D. - "tens razão, ele nunca vai ser feliz. mas tambem acho que é porque não quer. enfim, magoou mas abriu-me os olhos"
C. - "não sei. eu cá acho que talvez quem não vai ser feliz sou eu. devia ser mais assim, mais despreocupada. mas parece que quem erra sempre sou eu. com todos."
D. - "podes sempre tentar de novo. não penses que condenaste a tua vida inteira só porque houve uns tempos em que não conseguias ver com clareza as coisas (porque estavas demasiado absorvida noutros sentimentos). achas que é assim tao impossivel? eu acho que as pessoas têm memórias bem curtas. procurar incessantemente é prejudicial, deixamos de viver. vive a vida, ele há-de aparecer e quando aparecer, arriscas e vês no que dá."
C. - "penso demais em tudo."
D. - "eu às vezes também acho que sou demasiado cerebral; chego a invejar as pessoas que fazem tudo sem cabeça e talvez seja esse o nosso problema. se deixássemos as coisas andar quem sabe se tudo não seria diferente"
C. - "mas ao mesmo tempo sinto que não fazer nada é igual a não ter nada. porque não tentei"
D. - " lá está...mas deixar de pensar não implica deixar de tentar. tentas sem pensar, tentas simplesmente. sem ponderar, sem pensar nas consequências, ou nos mil fins trágicos e felizes possíveis"
C. - "sim. ultimamente é o que tenho feito. deixar-me levar. a ver vamos onde isto pára." 

quando tudo o que me invade o pensamento é "qual será o próximo insulto?" seguido de um breve sorriso incapaz de ser contido

Permiti-me, num outro dia, voltar àquela sensação romanesca, utópica, quimérica quase, de adolescente semi-apaixonada. Quando sentíamos aquele friozinho na barriga (impossibilidade fisiológica) e borboletas esvoaçantes sempre que, por sorte, a miragem daquela pessoa se nos invadia o caminho ou o pensamento.

"Oh meu Deus, ele está ali!" - diria eu à minha amiga - "Que é que eu faço????"
"Bem, acena-lhe, pode ser que ele retribua!" - e assim o faria. Se ele retribuísse o meu dia ilumar-se-ia de tal forma que nada mais o poderia estragar; como se aquele simples gesto insignificante fosse, na realidade, o que de mais significativo há.

Todo o jogo de sedução ou 'aqueles-primeiros-dias-em-que-sentimos-qualquer-coisa-de-diferente-e-os-risinhos-são-constantes' são a melhor parte, mesmo hoje em dia. Quando o sentimento ainda não evoluiu (nem se construiu), quando há uma simples atracção leve ou um interesse mais acentuado e nos permitimos aqueles dois dedos de conversa e olhares distantes, quando fazemos piadas sem nexo e insultamos de forma meio a brincar, meio a sério a outra pessoa só mesmo para ver no que dá.
É o chamado 'início' - tanto pode ser o início de uma grande amizade, como de um grande amor; mas a maior parte das vezes é apenas o início de nada ou, no máximo, de uma paixão fugaz.

Mas, dizia eu, noutro dia permiti-me sentir isto no expoente máximo; desliguei o botão "mulher madura, ou a tentar sê-lo" e deixei-me ir - lá acenei à minha miragem. Deixem-me que vos diga uma coisa: foi a melhor sensação dos últimos tempos. E não há nada ou tudo futuro que possa estragar aqueles 5 segundos de perfeição, nem os restantes dias de acidez falada com o intuito de entrar no jogo e deixar-me ir.

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"Dois, três dias de semelhança de princípio de amor...
Tudo isto vale para o esteta pelas sensações que lhe causa. Avançar mais seria entrar no domínio onde começa o ciúme, o sofrimento, a excitação. Nesta antecâmara da emoção há toda uma suavidade do amor sem a sua profundeza - um gozo leve, portanto, aroma vago de desejos e, se com isso se perde a grandeza que há na tragédia do amor, repare-se que, para o esteta, as tragédias são coisas interessantes de se observar, mas incómodas de sofrer. O próprio cultivo da imaginação é prejudicado pelo da vida. Reina quem não está entre os vulgares.

Afinal, isto bem me contentaria se eu conseguisse persuadir-me que esta teoria não é o que é, um complexo barulho que faço aos ouvidos da minha inteligência para ela não perceber que, no fundo, não há senão a minha timidez, a minha incompetência para a vida."
Bernardo Soares [Fernando Pessoa], in Livro do Desassossego

uma brisa que me sopra ao ouvido


e é quando me dizes jamais - de forma indirecta -  que sei que tenho de te ter.

sábado, 7 de maio de 2011

gosto de gostar, mas gosto muito mais de demonstrar que gosto

farta de rodopiar sempre na mesma brisa e regressar sempre ao ponto de partida, esse local onde nem é Primavera nem Inverno e o frio parece cristalizar os sonhos.

"ela queria...", pois também eu. mas a diferença entre nós, dois pequenos e insignificantes seres deste universo vasto de imensidão, é que ela tem, teve, terá.

e eu? eu sou, apenas. o verbo 'ter' fugiu de mim como eu fugi da vida.

aquele beijo molhado que nunca daremos

tenho os pés descalços em mámore, como tenho as pernas nuas em cetim. a chuva cai e fico a pensar se o seu som na vidraça é calmante ou curioso. chego à conclusão que não é nenhuma das coisas; chego à conclusão de nada.

e tão frequentemente me queixo de pensar demais que quando não quero pensar de todo só penso no que não devo. e nada concluo. nunca concluo nada. jamais irei concluir algo.

sim, odeio facilitismos. mas por vezes dava tudo para que as coisas fossem simples e a solução óbvia; só às vezes.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

pensamentos com os quais me poderia identificar

"Difícil não é lutar por aquilo que se quer e desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti, mas não foi por não ter coragem de lutar, foi por não ter mais condições de sofrer." Bob Marley

mas eu não desisto.

1+1=2?

Pic

é engraçado como as coisas funcionam. quando menos esperamos - pimbas! - aquele clik regressa. Não sei se concordo com a supracitada...mas uma coisa é certa "mais vale um pássaro na mão que dois a voar"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

tardes de chuva em dias solarengos

A vida é um mistério.

Não sei bem que diga, sabem. Perdi algo que não era meu para perder mas que julguei que sempre estaria ali. E agora nada faz sentido. Até a minha irreverência de não-utilização de maiúsculas e pontuação evidente me parece descabida hoje.

Preocupo-me demasiado com ele. Demais mesmo. Mas é isso que os amigos fazem.


"In the end, we will remember not the words of our enemies, but the silence of our friends" 
 Martin Luther King

segunda-feira, 2 de maio de 2011

brisas do mar

um dia vais saber. vais saber que povoas os meus sonhos, ainda que só nos últimos tempos, ainda que muito ligeiramente, tal brisa. mas povoas.

e, contudo, és tão inatingível e eu sou tão infantil comparada contigo.

domingo, 1 de maio de 2011

dúvidas existenciais profundas #2 - Love. Want. Need.

Amo X, quero Y, mas preciso de Z.

e depois não me venham dizer que isto de viver e gostar e andar por aí com risinhos e conversas de café polinizadas com algum açúcar é fácil.

#como raio vou sair desta confusão?#