sábado, 28 de abril de 2012

negação de mim própria

todos os dias me esqueço porque te odeio amo, e todos os dias tu mo relembras.

nem a camomila me salva desta febre

o lixo sentimental que produzo todos os dias equivale a uma pegada amorosa superior à de mil homens apaixonados.

não entendo porque é que tenho tanta coragem e tanta cobardia ao mesmo tempo. gentilmente, ponho os pés pelas mãos e troco outras tantas instâncias anatómicas sempre que te tento seduzir com palavras de mel e conversas de chá. e todos os dias caio na tentação de revelar o dobro do que queria mas metade do que desejo.

anseio pelo dia em que te consiga escrever a minha verdade e me consigas compreender; minto, anseio pelo dia em que te compreenda.

és o maior mistério (não vou pensar nos outros que ainda estão presos na minha garganta, mesmo após várias lavagens pelo mundo da tequila e da lima - minhas adoradas companheiras de vida) e provocas em mim uma sensação de incapacidade de me controlar, uma falta de controlo que me impele para que sonhe contigo a todos os minutos do meu dia e a todas as horas da minha noite.

(não sei se) gosto mesmo de ti. acho que te quero sem saber porquê.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

maybe I just want to feel alive

tenho andado a tentar aguentar este estado de espírito. mas não consigo não me sentir atraída por um abismo de errado que tudo isto é, ou melhor, pode ser.

e, o pior, é que mesmo com o estrangulamento de garganta que tenho, a afonia de falar de ti, não consigo chorar. porque tu me fazes sorrir, ainda que de forma totalmente doentia, mas sorrio.

é curioso que sejas o oposto do que tenho querido, mas igual na inaptidão de falares ou sentires.

- tenho tendências -