segunda-feira, 25 de abril de 2011

novo lema de vida (a adoptar em tempos de crise emocional)

‎'Se você ainda não encontrou a sua metade da laranja, encontre a metade do limão - adicione vodka, açúcar e gelo' e deixe-se ir.


dúvidas existenciais profundas

deveria eu tentar ser quem não sou?

Cravos ao luar, flores desse povo de 'saudade'

queria relembrar o 25 de Abril e homenagear algo que nunca se deve esquecer.
queria transcrever textos iluminados e históricos.
queria colocar aqui poemas e canções de Ary dos Santos, Zeca Afonso e outros grandes que tais.
queria conseguir escrever o melhor texto de sempre sobre a Liberdade, com L maiúsculo, um que a todos comovesse e todos fizesse chorar ou rir, mas acima de tudo pensar no que realmente importa.
quiçá, queria colocar imagens bonitas e alusivas ao tema, em jeito de memorial (no verdadeiro acesso da palavra).
queria transbordar esta página com links para vídeos, fotos e afins memoráveis.
queria que este fosse um texto bonito e inspirador.



mas, no fundo, o que eu queria mesmo era que não se esquecessem.

alter-ego #2

"é pra amanhã deixa lá não faças hoje, porque amanhã tudo se há-de arranjar"

 é isto que erradamente me ecoa no cérebro.

alter-ego #1

sente-se mal por não ter trabalhado nada nos últimos tempos. sente-se mal por ter tanta mas tanta tanta coisa para fazer.sente-se mal por se sentir cada vez mais ignorante. sente-se mal porque viu um filme que a perturbou. sente-se mal por ter perdido tempo a ver esse filme. sente-se mal porque já não consegue escrever como dantes. mas mesmo assim dá-se por feliz por poder sentir-se mal - é sinal que sente, ainda.

domingo, 24 de abril de 2011

amor? era uma água tónica com limão e duas pedras de gelo

alguém me disse para eu me deixar ir. «aproveita e deixa-te ir; não planeies. apenas, vai» ou qualquer coisa do género muito ao estilo nómada.


fiquei a pensar nisso. em deixar-me ir. com(o) o vento e, por qualquer razão, quero. o mais estranho aqui é não conseguir - nem ir nem ficar nem nada. parece que parei. deu-se um completo shut down (ou talvez tenha sido mais uma hibernação em tempos de frio emocional). seja o que for que tenha acontecido, mudei. não consigo desenovelar-me. não sei se me estão a compreender bem, mas é algo estranho...como se estivesse presa numa realidade paralela em sonhos e só consiga viver adormecendo. e, às vezes, nem isso.

o amor NÃO é uma estrada de sentido único, nem uma sem saída...e muito menos uma de sentido proibido. infelizmente, parece-me que o código foi esquecido e governa a lei do mais forte, i.e., de quem se pode dar ao luxo de não querer entender o que está mesmo à frente dos seus belos e ternos olhos castanhos.



"Porque, no fundo, tudo aquilo de que precisas é um corpo para respirar e um mundo para viver. Pode ser uma merda, pode não valer a ponta de um corno. Mas é o mundo: o teu mundo. Aproveita-o. E respira. Até que te falte a respiração."
Pedro Chagas Freitas

sábado, 23 de abril de 2011

«a porta é a serventia da casa»

não odeiam quando alguém mete conversa com vocês e depois de uns 'olás' aqui e uns 'está tudo bem?' ali simplesmente se calam?

se não me queriam dizer nada não começassem a falar. é que, assim, fico a pensar que têm algo para me dizer e não conseguem (ou então que são simplesmente otários).

----prefiro uma boa conversa aleatória e extremamente divertida, sem nexo nenhum contudo, mas cheia de personalidade, do que o silêncio ou a pequenez de incomodar para trocar meia-dúzia de cumprimentos fúteis.----



[desculpem-me. ando com uma generalizada falta de paciência para tudo.]

como foder a vida - parte 1

o mundo é um chulo. e nós somos as putas - baratas diga-se, porque pagar caro, isso, está de chuva (mais ou menos como estes último dias)

 gostava de saber porque é que sabe sempre tão bem apunhalar meia dúzia de senhoras da vida pelas costas quando o negócio vai bem.

sim, porque quando vai mal a opção é a de meia-dúzia de hematomas e arranhadelas - como quando damos um par de estalos bem dado e merecido a alguém que fez merda -, mas quando vai bem ai de nós que continuemos pelo nosso caminho de esperanças e felicidade cristalizada

 #hoje consegui! a vida corre bem, deu lucro. tudo são estrelas. finalmente posso ir para casa sozinha e sem cheirar a látex#

mas desengane-se quem pensa que isto resolve o que quer que seja porque é quando menos esperamos, quando estamos mais seguros e ao mesmo tempo mais vulneráveis, na nossa cristalizada felicidade aparente, que o mundo nos cai em cima e nos fode bem fodidas.

«fuck» diria eu quando me apercebesse que o sonho acabou e que tenho de voltar à miserável e triste existência do negócio da 'compra e venda' a retalho, de cliente em cliente, infinitamente.

talvez, um dia, sejamos capazes de nos afastar dos sonhos que nos prendem à obrigação de pertencermos ao sindicato dos trabalhadores do comércio tradicional.

talvez um dia aprendamos a dar valor ao que temos e, assim, façamos uma melhor gestão dos recursos, sem precisarmos de pedir empréstimos por esse mundo fora a todo e qualquer chulo que vejamos.
#independência#


LIBERDADE

"às quantas ando?"

e com tanta perdição, tanta mudança, tanto desejo!, não me tinha apercebido que mudámos de mês.

ventilação literária

nunca tive problemas de inspiração. nunca. (expiração já não digo tanto)

escrever sempre foi para mim como...respirar. pequenas gotas de tinta que escorrem tal moléculas de oxigénio que se difundem em mim, por mim e para mim. (tinta é como quem diz dados digitais, numa espécie de corrente de ar que invadiu o meu espaço e a minha corrente sanguínea).

mas ultimamente perdi-me. já não tenho nada para dizer. ou melhor, tenho mas não quero. porque sempre que falo, sempre que me mostro, sempre que penso, é demais. tudo desaba.
e nem uma brisa cheia desse gás essencial me consegue salvar de mim própria.