terça-feira, 24 de maio de 2011

quando menos esperares partirei. nesse dia, não precisarás mais de mim

sou tão breve. flutuo por esse mundo tal libelinha de nenúfar em nenúfar. e nunca fico; nunca permaneço, nunca mais que um determinado período de tempo.

sou como aquela personagem, a Nanny McPhee:
fico enquanto precisam de mim mas não me querem. vou-me embora quando me querem mas já não precisam.

poderia dizer que isto é triste. mas, na verdade, é apenas a forma como as coisas são.
não sou usada; deixo-me usar, é ligeiramente diferente.


e, no fim, fica apenas a convicção que a minha passagem (breve ou não) ajudou.
mudou aquela pessoa.
tornou-a melhor.
mesmo que eu nunca fique. mesmo que a minha vontade e os meus desejos nunca se cumpram.

[resta-me esperar que haja alguém como eu e que, num desses vôos primaveris, nos encontremos e mudemos de rumo simultaneamente, fugindo do vento que nos arrasta]

1 comentário:

  1. Espero igualmente que encontres alguém como tu, e que juntos mudem de rumo :)
    Ah a sensação de nos deixarmos ser usadas! Tão conhecida...

    ResponderEliminar

toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.

as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.