sábado, 14 de maio de 2011

fala-me ao ouvido enquanto me agarras pela cintura


nunca acreditei muito nessas tretas holístico-pseudo-científicas: os horóscopos. aliás, não acredito. mas também não acredito na palavra 'nunca' e gosto de estar disposta a novas experiências. por isso, noutro dia, deparei-me com a seguinte frase:







em vez de, tal como faço sempre,  ignorar , decidi prestar um pouco mais de atenção - ler com olhos de ler-. e apercebi-me de um facto curioso: não só julgo que isto é verdade, como também outras citações o eram. claro que, no meio de tanta bipolaridade da minha pessoa, seria difícil não acertar e, sim, há coisas que são totalmente antagónicas à minha pessoa. mas, neste caso, confesso que tocaram no âmago da questão, ao de leve é claro - uma espécie de 'afagar o ego com a ponta do dedo' - mas tocaram e eu senti.

já há algum tempo atrás me questionava em relação a esta área crucial da minha personalidade. se se me afigura óbvio que o prazer é muito importante, não deixo de perceber que cada vez mais o caminho mais fácil para me estimular é...a mente. o meu cérebro. com isto não digo que não reaja a avanços físicos (porque, acreditem em mim, reajo - e muito! -, em especial se envolver carícias no pescoço, uns sopros leves de ar na bochecha, um sussurro ao ouvido e as chamadas festinhas. é isto tudo e conversa explícita - nunca consigo resistir) mas prefiro uma conversa intelectualmente estimulante salpicada com uma pitada de irreverência e discórdia. porque eu adoro, mas é que adoro mesmo, "picanços" - toda a tensão criada por uma boa discussão e troca de ideias excita-me mais que qualquer conjunto de músculos bem definidos e torneados num corpo perfeito.

porque, sabem, é tão sensual quando podemos discordar de forma inteligente do outro acabando encostados a uma parede, com a respiração ofegante, selando um pacto de tréguas com a união do corpo.



1 comentário:

toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.

as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.