terça-feira, 30 de agosto de 2011

diferenças literário-pessoais

peço desculpa pelo decréscimo de tudo que aqui se tem verificado.

precisava de me encontrar, de encontrar um norte e, em grande parte, este espaço permitiu-me isso, numa espécie de liberdade confinada que me deixou expressar e tentar redescobrir-me.

encontrei um novo eu. voltei a sentir as palavras, cada uma delas, e a expressar a minha tentativa de arte de outros modos. voltei a escrever em folhas de papel amachucado e em documentos reservados.

voltei a escrever. para mim.

agradeço por este espaço, sempre. espaço que continuarei a usar para me expressar de formas diferentes e a tentar coisas novas que, de outra forma não resultam. continuarei a escrever aqui aquilo que, para mim, não ouso.

sábado, 13 de agosto de 2011

russian roulette is not the same without a gun

e todos os dias repito para mim mesma "tu mudaste, C., mudaste." e qualquer coisa como "a partir de hoje não penso mais em ti. a partir de hoje vou pensar em mim".

mas a verdade é que roubas-me a alma em sonhos e a mente em pensamentos. és a pior droga, o pior vício que eu poderia ter. mas és aquele que me sabe melhor.

e sabe tão bem que me mates lentamente.




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

perspectivas astrais

hoje queria voltar a ser criança, daquelas que acreditam que os desejos se realizam, e ver uma estrela cadente para soprar um segredo e receber em troca um beijo.

mas, agora que penso nisso, seria um desperdício enorme desejar o que quero desejar.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

fight or flight?


- tenho andado a dizer isso nos últimos dias, que não sei, não consigo sondar nem ver nem entender nada desses sinais e tretas. eu não sou assim, não sou perspicaz, não consigo ver se sim se não. preciso que me digam preto no branco, ou não sei... porque eu não consigo ver nada. nada.

- mas podes ser tu, não?

- mas não acho que seja eu. vou tentar let him go. agora que tenho tempo para let go e não pensar mais nele, nunca.

- pois. se achas que consegues...

- eu sei lá. mas tenho de tentar não? tentar qualquer coisa, sim ou não, mas tentar uma das duas...porque não fazer nada soa-me mal.

- não fazer nada é o pior.






fell in love with a boy

Acredita, tenho saudades.



terça-feira, 9 de agosto de 2011

é daquelas coisas que devias compreender

tenho um íman no lugar do coração.


caminhos de ferro

comboio. o tum tum, tum tum, tum tum, tum tum, tum tum...

quando me embrenho no som compassado e profundo que se vai desvanecendo com a diferença das paisagens atinjo o nirvana da paz, da calma, e penso.

penso como só nestes momentos de viagem consigo pensar.

sabem aqueles dias em que estamos rodeados de pessoas e nos sentimos mais sós que nunca e a única coisa que nos apetece fazer é fugir? é nesses dias que mais gosto de entrar num qualquer comboio sem destino, de sair do que conheço e percorrer o mundo em pensamentos compassados ao ritmo do tum tum que me embala e me transporta para uma paisagem à beira-mar regada com uma limonada fresca "sem açúcar" digo e o cheiro a maresia.

talvez seja aquela tal sensação de pânico antes do salto para o abismo, antes do afogar no mar. quando sinto aquele peso no peito e sou incapaz de respirar. aquele peso que me recorda do sentimento que reprimo e guardo em mim, só para mim, mas que me destrói e vai corroendo a cada compasso do meu pensar de tum tum.

e, depois, vem a chuva. o chorar de olhos pretos do rimel esborratado. o pensar do pensar sem fôlego. o sofrer as saudades.

"próxima estação..." ouve-se entretanto e quebra-se o feitiço da transe do pensamento íntimo.

cheguei ao meu destino. mas não saí do mesmo lugar.



quinta-feira, 28 de julho de 2011

o problema aqui é a falta de tempo

porque um dia eu vou ter tempo de deixar todas as ideias fluir para o mundo.


mas agora não posso.

/é mais ou menos como tu e eu. tempos estrangulados/


domingo, 17 de julho de 2011

the more I grow the less I know

deixar partir as pessoas é muito importante. até no amor.

especialmente no amor.





segunda-feira, 11 de julho de 2011

sai dos meus sonhos

não faço ideia do que queres.

sim, não, nim? mas era bom que te decidisses rapidamente e deixasses de ser tão...inconstante. porque se continuares assim eu nunca vou conseguir tirar-te da minha cabeça (por mais cavaleiros - como ele! - que apareçam).

mas acho que é isso exactamente que queres: manter-me presa a ti. para sempre. só para que saibas que estou ali quando precisares. e essa não é uma sensação que eu queira ter.

ainda assim, vamos jogar o teu jogo. porque, tens razão, ainda penso em ti.

"gosto de ti"

e nunca sei se quando o dizes é de verdade.

terça-feira, 5 de julho de 2011

electrodomésticos "edição limitada"

- questão existencial sem resposta aparente
- (já) tenho resposta para isso. atingiu-me há pouco enquanto ligava a fritadeira.
- as fritadeiras são boas conselheiras.
- não tanto quanto os microondas. vou então explicar-te: coloca outra questão difícil de responder, se não souberes a resposta, pergunta ao ar-condicionado...


I don't love you, and so what?

foges. não tens feito nada mais senão fugir. e eu que sempre precisei do meu amigo agora fiquei apenas com os suspiros docinhos deixados em tempos idos.

percebeste tudo mal. aliás, achas que percebeste o que quer que seja. e começaste a tirar ilações ridículas.

volta. só quero que aqueles dias de massa quebrada no balcão com o cheiro a tartes de amêndoa no forno regressem.


mas eu tenho quase a certeza que és mesmo tu de quem eu sinto a falta.


sábado, 2 de julho de 2011

podes fugir mas não te podes esconder?

quanto mais corro mais me afasto de ti.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

há pessoas e, depois, há idiotas.


e é só isto. gosto da forma como algumas pessoas se metem onde não são chamadas. e de como, anonimamente (cobardia total, saliente-se) criticam e opinam sobre coisas que não conhecem e sobre as quais não fazem a mínima ideia.

há uma grande diferença entre literatura e entre desabafos do tipo meu-querido-diário. temos de saber reconhecer a diferença. nem tudo o que se escreve retrata a pessoa que escreveu isso. na verdade, o acto de escrever serve para que nos possamos colocar na pele de outras pessoas e ir de encontro àquilo que pode ser mais ou menos emocionante para os leitores. (podendo, ou não, servir de catarse pessoal. se for ambos, melhor)

deixo um aviso, para a próxima vez que alguém queira comentar de forma idiota o que quer que seja, por favor, pense um bocadinho (2 segundos bastarão, verá) antes de o fazer. é que toda essa indignação suspirada de quem tem a sensibilidade literária de um alfinete não fica bem.

e, se não gosta, não leia. cada um faz o que quer, tenho tanto o direito de escrever como qualquer outra pessoa e gosto pouco que me digam o que fazer.

e, agora sim, eu própria digo (tradução para totós: não estou a fazer uma extrapolação literária, é mesmo a minha opinião): a inveja é um sentimento muito feio. e, provavelmente, quem é frustrado aqui não sou eu...


#aos outros: desculpem toda esta agressividade, mas há limites#

domingo, 26 de junho de 2011

tem dias que sim

há dias em que penso que poderia resultar. mesmo. é toda uma sensação de formigueiro inexplicável que me invade os sonhos com cheiro a bolos acabados de fazer no ar.

tu e eu, num abraço infinito. breves momentos de perfeição.

mas, depois, lembro-me que nem eu nem tu somos assim. que somos tão parecidos e, contudo, tão diferentes. mas que somos livres. e não é que somos perfeitos assim mesmo?

por mais tartes que saiam do forno, o sonho continuará sempre isso mesmo - um sonho.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

blame it on the girls, blame it on the boys

e logo eu que prometi que, por ti, não derramava nem mais uma lágrima.

e que, desta vez, foi por uma coisa completamente idiota.

mas, eu gosto mais dele que de ti, que raio! [então porque é que é sempre ele que te afecta?]



terça-feira, 21 de junho de 2011

run away


há dias em que me apetece fugir. apenas, fugir.

(mas depois olho para frases como estas, vejo o teu sorriso e penso:
 "damn, what a shame it would be to run away")



sorrisos. a melhor maneira de comunicar.


ai que calor, ai que calor

não, não se tornou mais fácil ser eu. não, não perdi a minha indecisão e muito menos a minha brevidade. não, não aconteceu nada de bom e diferente.

mas, estranhamente, "the living is easy" #Summertime#

hoje, com a certeza que sou amada, somewhere, somehow. 

sábado, 18 de junho de 2011

diálogos hipotéticos comigo mesma #2

- então e aquele?
- esse? não me apela à alma. e eu sou uma mulher de paixões de alma.
- e o outro apela?
- sim. e é por isso que não vou desistir.

"acho que nunca soubeste o quanto eu gostei de ti. esta é a carta que eu nunca te escrevi"

"eu sou a merda que vês, ao menos sabes quem sou.
e sabes que tudo o que tenho é tudo aquilo que te dou."



"e se ainda não me conheces então nunca me conhecerás"


pedir desculpa pela minha cobardia de não conseguir falar é o mesmo que pedir desculpa por não querer magoar-te apenas para aliviar a minha consciência. mereces - merecemos - mais que simples palavras. isto, assim, fica para sempre, suspenso é certo, mas fica. guardado na minha memória e só na minha. até morrer. até depois.

"o coração de uma mulher é um mar de segredos"

"care for a drink?" "care for me?"


penso no quanto gosto de café. no seu cheiro reconfortante, no seu sabor intenso e em todo o ritual que o envolve sempre. simples, claro está - sem qualquer adição; seja açúcar ou leite ou o que seja - gosto mesmo muito de café.

depois, penso no quanto gosto de um chá de vez em quando. seja frio, com uma rodela de limão e dois cubos de gelo, ou quente, simples ou com açúcar e, quiçá, leite. à boa velha maneira inglesa.

mas, no final de tudo, penso em ti. se me escolherias a mim em vez de uma chávena de chá ou de uma caneca de café fumegante. se escolherias beber tudo o que tenho para te oferecer: beber-me a alma e tudo. 
sem nunca esqueceres o ritual que envolve o acto de tomar uma bebida: primeiro respira-se, cheira-se, depois leva-se a bebida à boca, prova-se um bocadinho e, por fim, saboreia-se gota a gota até que nada mais reste. 


gostava de saber se me escolherias, algum dia. fosse pelo que fosse.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

"fica" "vou" "porquê?" "porque tem de ser. o que é perfeito só não acaba se eu acabar primeiro"



sei que um dia te vou ter. consigo senti-lo...como uma sensação de formigueiro que arde nos olhos. 
e, depois disso, vamos acabar ao luar, a beber o suco do prazer noite fora. 


vamos ser perfeitos até que eu me vá embora (sim, sempre a brevidade)





metaforicamente falando



porque, por ti, subia ao mais alto dos edifícios e atirava-me de cabeça, pairando sobre a cidade.

o que eu te fazia agora...


e era só para dizer que RAWR

terça-feira, 14 de junho de 2011

indiscrições picantes

"Gosto de sentir a tua barba dura
a arranhar-me os seios
simular-me cortes nos mamilos

A peregrinar-me o corpo
em descobertas picantes
de voraz languidez

Gosto de sentir a tua barba dura
a passear na pele
a desbravar-me arestas

A marcar caminhos
dar à luz desejos
despertar as fomes

Essa barba dura
que me arrasa
e me deixa em brasa"

"Cantiga de Amigo (Mickey Rourke)"
in De Boas Erecções está o Inferno Cheio



perdoem-me. mas não resisto a um homem de barba rija, que me seduza com a sua excentricidade e me aqueça lentamente, com calma e atenção. e me provoque um misto de sensações pelo corpo e pela alma.

[and i do mean um HOMEM]

inevitabilidades da vida

"Primeiro
chamas-me amor
e depois
fodes-me."

"Foi Você que Pediu um Par de Cornos?"
in De Boas Erecções está o Inferno Cheio



e não é sempre assim?



segunda-feira, 13 de junho de 2011

visto-me de cetim preto e perfumo-me na esperança que seja eu própria a sair à rua e não uma qualquer.

toda a gente me diz para ser mais confiante e arriscar. usar aqueles saltos altos vermelhos de verniz polido e finalmente dizer o que penso de verdade, o que quero.

mas, e apesar dos 50/50 que todos temos sempre que abrimos a boca, está-me a parecer que não consigo atirar-me do penhasco de cabeça. não desta vez. já morri vezes demais, parece que caio sempre fora de água ou bato numa rocha. e, desta vez, gostava de sobreviver.

mas, e se sobreviver, neste caso, signifique não viver?

só gostava que pintar as unhas de vermelho e mudar todo o corte de cabelo me desse o empurrão para me atirar de vez.






sábado, 11 de junho de 2011

i'm a dreamer

às vezes acho que sonho demais.

e depois há dias, como hoje, em que acho que não faz mal sonhar.




sexta-feira, 10 de junho de 2011

tenho de parar de sonhar acordada. julgo que comer chocolate teria o mesmo efeito, mas menos culpa associada.

consigo imaginar-nos a comer pastéis e a beber café noite fora, envoltos numa conversa sobre literatura e uma troca de sorrisos e disparates que tais.

consigo imaginar toda uma fantasia construída sobre fundações de natas em castelo. uma discussão sobre política aqui, uma cerveja bebida ali e umas viagens por esse mundo fora.

consigo imaginar momentos perfeitos de tão ridículos que são. saídas que nunca aconteceram mas que enterneceriam o mais insensível dos mortais. cocktails chiques e vestidos de gala, seguidos de uma corrida pela cidade, descalços.

consigo imaginar-te. ver-te. quase que sentir-te e cheirar-te.

só não consigo é imaginar a realidade.

erros sucessivos

não acredito que estou outra vez assim. jurei para mim mesma (inúmeras vezes) que jamais voltaria a ficar assim, a deixar-me ir e cair nas tentações. que não cairia à primeira conversa madrugada fora, nem à segunda, nem à terceira.

o problema? já foram conversas a mais. e, eu, como sempre. caio. caio. caio. caio.

#que grandecíssima idiota me saíste, C.! és parva, ou fazes-te?#

só queria saber porque é que me apaixono sempre nas piores alturas. e sempre por pessoas que julgo serem boas demais para mim. ou pelas pessoas erradas. que claramente nunca irão sentir (remotamente) o mesmo.



queria saber porque é que me dás a volta à cabeça. e porque é que, por ti, sou capaz de deixar de dormir apenas para ver meia dúzia de palavras escrevinhadas noite fora.


pazes de perdão em noites de semi-Verão

afinal, os amigos ficam mesmo. sempre.

sábado, 4 de junho de 2011

prefiro um estalo bem dado e uma discussão do que o limbo passivo-agressivo de caramelo que criámos

-  i'm sad, down. e não vai passar. ele é orgulhoso, casmurro e infantil, mas é adorável. e, talvez, a única pessoa a quem pedi desculpa mesmo quando senti que não devia. aliás, única pessoa a quem PEDI desculpa. mas isso não importa, porque ele não vê.

- ele tem defesas. tens de ter paciência

- e tenho. mas não gosto que ele me trate assim de forma diferente. quase como se fosse uma 'estranha'. não gosto que ele nunca 'veja'...
e ja sei que ele não vai voltar a ser o que era, conheço-o bem demais já...

- não gosto de vos ver assim...

- ele fala, mas não é da mesma forma, sabes? weird part? já estive mais triste...agora só me arranha ao de leve. porque não há nada a fazer.

terça-feira, 31 de maio de 2011

dias de hortelã e menta

Step one you say we need to talk
He walks you say sit down it's just a talk
He smiles politely back at you
You stare politely right on through

Some sort of window to your right
As he goes left and you stay right
Between the lines of fear and blame
You begin to wonder why you came

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

Let him know that you know best

Cause after all you do know best
Try to slip past his defense
Without granting innocence

Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God he hears you

And pray to God he hears you

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

As he begins to raise his voice
You lower yours and grant him one last choice
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed

He will do one of two things
He will admit to everything
Or he'll say he's just not the same
And you'll begin to wonder why you came


Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

uma questão de perspectiva

e depois de semanas e semanas de esplancnologia, angiologia  e afins, tudo me parece mais fácil.

quem consegue saber (e gostar) disto tudo, também consegue sobreviver às merdinhas da vida.

(às vezes juro que acho que toda a parvoíce que me rodeia me afecta)





segunda-feira, 30 de maio de 2011

interrogações profundas


- o teu cabelo está outra vez grande.

- hum. talvez o volte a cortar. achas bem?

domingo, 29 de maio de 2011

"E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz"


tenho uma grande dificuldade em perceber a diferença entre "dar tempo" e "deixar passar"; aquela diferença entre mostrar que nos preocupamos, não nos esquecemos e queremos, e o 'deixa ver no que é que isto dá' que tanto pode advir do medo de sermos 'chatos' ou apenas de quase indiferença.

não consigo ser indiferente, mas tenho medo de ser chata e insistente.

quero que saibas que me preocupo e todos os dias me lembro.

por isso, o que é "dar tempo"?

(talvez seja mesmo isto. pensar e escrever mas não dizer nada. esperar, somente)


"Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço."

FP

diálogos hipotéticos comigo mesma

- sabes, sinto-me estranha. com uma sensação de peso no peito, como se não conseguisse respirar... ando preocupada, será que estou doente? ultimamente cada batimento cardíaco, cada fôlego me parecem uma tortura... como se tivesse um bloco de pedra gigante em cima de mim, sempre, e não o conseguisse mover.

- hum, se calhar devias ir ao médico. pode ser stress a mais... andas com tanta pressão, tantas coisas na tua mente. e depois, todo aquele ambiente pesado e o cheiro a cemitério que odeias, as flores tristes...talvez tenha sido isso.

- talvez. ou talvez tenha sido aquela outra coisa. a que eu estraguei sozinha e perdi por minha culpa.

- perdeste muito esta semana.

- sabes, às vezes odeio-me. odeio-me, odeio-me, odeio-me, odeio-me, ODEIO-ME!

- ...esse foi, talvez, o grito mais sentido e visceral que já te ouvi dar. talvez te ajude. não sei. tens de ter calma. tens de esperar.

- e, entretanto, odeio-me?

- se for isso que é preciso para que tudo se resolva, sim. mas, por favor, respira. luta contra o bloco de pedra, move-o.

- mas, sabes, o problema com as pessoas que se odeiam a si próprias é não conseguirem amar mais nada, mais ninguém. só por isso é que não me odeio. porque, claramente, o amo.


sábado, 28 de maio de 2011

#isto sou eu a dar-te tempo#



I'll sing it one last time for you
Then we really have to go
You've been the only thing that's right
In all I've done


And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear

Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say

To think I might not see those eyes
Makes it so hard not to cry

And as we say our long goodbye
I nearly do

Light up...

Slower slower
We don't have time for that
All I want is to find an easier way
To get out of our little heads

Have heart my dear
We're bound to be afraid
Even if it's just for a few days
Making up for all this mess



desculpa.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

carta para ti: "sometimes we let ourselves lose something we shouldn't"

Para ti,

não sou perfeita, nada mesmo. sei que não sou. sei-o desde sempre. e, por isso cometo erros. sou falível, humana.

tenho sempre uma certa tendência para falar por falar, ou melhor, para dizer coisas sem pensar, para o ar, em conversas banais de café. mas esqueço-me que os outros não estão na minha cabeça; não sentem o que eu sinto nem pensam o que eu penso. e esqueço-me que as pessoas vêm em ângulos diferentes e formam, por isso, ilacções díspares.

nunca te magoaria de propósito. acho que sabes isso, espero pelo menos. e jamais te mentiria. sim, sei que, talvez, numa dessas minhas banais conversas de café, posso ter exteriorizado alguma frustração. mas nunca, nunca disse mal de ti. e nunca irei dizer. jamais. porque não mereces.

"preocupo-me demais com ele" disse eu um dia. "ele" eras tu. porque é verdade, porque me preocupo. porque se não preocupasse não seria capaz de escrever isto, nem aquela carta, nem nada.

eu sei. compreendo a tua perspectiva. a sério que sim. mas não tentaste perceber a minha. sou uma pessoa falível. humana. às vezes sinto coisas que não devia, que não aguento sozinha, mesmo que na realidade não seja verdade. mesmo que seja só um fruto do cansaço extremo. mas isso não quer dizer que alguma vez te desse menos valor. nem que tu me desses menos valor a mim. nem nada disso.

sabes, continuo a fazer rewind daquela tarde. de como precisava de ti (e de como sempre preciso mais eu de ti do que tu de mim) e de como saiu tudo mal e foi tudo mal interpretado. e peço desculpa. mesmo que não tenha sido intencional percebo, agora, que te magoei. que traí uma confiança que tinhas. mesmo que não fosse isso que eu queria, mesmo que o tenha feito sem sequer me aperceber. porque, sabes, não percebi.

#Mad World do Moby tem-me vindo a assombrar como se fosse banda-sonora destes dias#

espero que, um dia, me perdoes. por ser assim: uma mulher que sente demais, pensa demais e, sobretudo, fala demais. sem sequer reparar.

li, há pouco que "sometimes we let ourselves lose something we shouldn't" e pensei que não quero ser assim. não desisto. não desisto de alguém só porque fiz uma asneira. não. até porque acho que se a amizade for aquilo que eu sempre achei que fosse, não é esta confusão (uma ninharia, uma estupidez que nem sequer percebi que estava a acontecer) que a vai terminar.

li, também que "every passing minute is another chance to turn it all arround". digo-te, se não tivesse lido nada disto, não teria escrito. tinha toda esta ideia de que o tempo resolveria as coisas porque irias ver e perceber sozinho o quanto isto me magoa e faz mal e o quão culpada me sinto por uma coisa que nem percebo como deixei acontecer. (mais uma vez, talvez concorde com a teoria de que somos todos doidos. devo ser. para fazer isto só pode. mas vale a pena tentar. it's worth the shot. you're worth the shot), mas depois pensei que se tudo pode mudar numa tarde para um dos lados, então também pode para o outro.

e fico-me por aqui. dizem-me que "quem fica a perder é ele." mas eu sei que não. sei que quem perde sou eu. sempre. porque depois de tudo isto o meu coração apertou-se mais um pouco e a minha alma ficou mais pequenina. porque isto não faz sentido nem devia ter acontecido. porque nunca na vida me arrependi de uma coisa. excepto disto. não vale a pena mais desculpas. o que foi, foi. só espero que compreendas, que tentes ver o quão importante és. sim, porque se não fosses nunca reagiria como reagi quando disseste que não confiavas mais.

desculpa. espero que...nem sei o que espero. seria mais "quero que volte tudo a ser como dantes" se bem que, com isto, não pode voltar a ser. nunca poderia. mas pode vir a ser melhor. chama-se crescer. e, às vezes, os amigos também se zangam e precisam de coisas como estas para crescer (eu sei porque cresci) mas não deixam de ser amigos.

e, entretanto, vou sendo tua amiga sozinha. porque, quando se gosta, respeita-se. e isto sou eu a tentar respeitar a tua decisão. mesmo que me doa.

i wish you the best, always



e, só para que conste: i didn't cry you a river; i cried you a fucking ocean.

terça-feira, 24 de maio de 2011

quando menos esperares partirei. nesse dia, não precisarás mais de mim

sou tão breve. flutuo por esse mundo tal libelinha de nenúfar em nenúfar. e nunca fico; nunca permaneço, nunca mais que um determinado período de tempo.

sou como aquela personagem, a Nanny McPhee:
fico enquanto precisam de mim mas não me querem. vou-me embora quando me querem mas já não precisam.

poderia dizer que isto é triste. mas, na verdade, é apenas a forma como as coisas são.
não sou usada; deixo-me usar, é ligeiramente diferente.


e, no fim, fica apenas a convicção que a minha passagem (breve ou não) ajudou.
mudou aquela pessoa.
tornou-a melhor.
mesmo que eu nunca fique. mesmo que a minha vontade e os meus desejos nunca se cumpram.

[resta-me esperar que haja alguém como eu e que, num desses vôos primaveris, nos encontremos e mudemos de rumo simultaneamente, fugindo do vento que nos arrasta]

sábado, 21 de maio de 2011

uma sensação de perda.

não tenho medo de viver. vocifero, praguejo, insulto. adulo, elogio, adoro. ambiciono, quero, desejo. e, mesmo assim, nada digo. nunca.

as palavras não são mais que gotas de tinta que chuviscam no rabisco que é a vida.

se eu não fosse eu, era Sofia

Sofia é uma mulher com je ne sais quoi. stilettos vermelho-vivo de verniz polido e vestidinhos pretos de seda justos e decotados. mas sempre com classe. não tem medo de nada. vive a vida a seu gosto e com gosto. é inteligente. sabe o que quer, como quer e quando quer. fala do politicamente correcto de forma politicamente incorrecta. não tem medo do termo 'concomitante'. a sua vida profissional é um sucesso e a pessoal não lhe fica atrás. quanto à sexual, é soberba. uma autêntica leoa que domina a arte da sedução.

se eu não fosse eu, era Sofia.

Sofia vive em mim, no prédio da minha mente. faz parte da minha alma. mas, como ela, inquilinos há muitos, espreitando do alto das suas cortinas membranares coradas de prata.

a rapariga do pijama roxo, que cozinha muffins de chocolate e redige cartas de amor - rídiculas, como devem ser - plantando malmequeres no jardim do seu quintal e colhendo-os para o seu leito de delícias açucaradas.

a pragmática diplomata, sempre muito atenta aos acontecimentos (inter)nacionais. comentadora assídua do panorama político-social actual e crítica assaz da retórica demagógica. muito opinativa; lê, relê, analisa. a mente é a sua pièce de resistance.

a escritora excêntrica. bipolar intelectual, é criativa e sensível. não dispensa o seu chocolate quente e uma manta em dias de chuva. o cafézinho é essencial nos momentos decisivos de inspiração voraz, bem como a caneta ou o seu laptop de estimação. gosta de comida macrobiótica, usa sweatshirts largas e com as mangas demasiado compridas, bem como cabelo sempre apanhado com pequenas cascatas de madeixas desleixadamente atractivas que competem com os seus gigantes óculos-de-massa coloridos.

a rapariga sonhadora. bebe sempre sumo de laranja ao pequeno-almoço com as suas torradas, perfeitamente tostadas, com manteiga derretida. tem demasiadas sweet delusions e ainda acredita que o mundo pode ser salvo de si mesmo. uma caixa de chocolates, uma flor ou um beijo apaixonante determinam o seu estado de espírito.

a dominadora. ela quer, ela tem. o seu poder de persuasão é tão elevado que consegue dar a volta a qualquer situação. é rebelde, destemida e adora cabedal e uma boa discussão. se souberem push the buttons - os botões certos, claro - e a provocarem, assegura-vos a mais louca noite de prazer que terão. é agressiva e manipuladora, mas muito sexy. a autêntica bad girl, off limits.

a nerd. estuda, estuda, estuda. muito concentrada e focada, consegue irradiar charme quando socializa, mas fá-lo tão escassamente que o seu futuro se resume ao profissional - com o maior sucesso - mas, mesmo assim, apenas o profissional. viajante por natureza, percorre o mundo em busca de novos conhecimentos e maravilha-se com as diferenças culturais.

há ainda outros que tais. pessoas mais tímidas, que se escondem do mundo e não saem à rua. fechados nos seus apartamentos mielínicos, sem janelas de receptores que os conduzam para o frenesim do sentir...

se eu não fosse eu, era Sofia.

o problema aqui é que há dias em que parece que saem todos da sua redoma e estimulam a musculatura do meu ser, espreitando do alto das suas sinapses e enovelando-se frente à porta da entrada arterial mais electrizante.




se eu não fosse eu, era Sofia, somente. mas ser-se C. é tão mais louco.

"Sem a Loucura que é o Homem, mais que a Besta sadia, Cadáver adiado que Procria?"
Fernando Pessoa


sexta-feira, 20 de maio de 2011

desabafos de uma rapariga perdida

queria só ter um pouco mais de tempo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"you might wake up and notice you're someone you're not"

"if you look in the mirror and don't like what you see you can find out first hand what is like to be me"




nunca se questionaram se a vossa vida era para ser vivida da maneira que a estão a viver?

e uma sensação de "bolas, fodi tudo" que se apodera de mim



#quem é esta pessoa que me roubou a alma?#


terça-feira, 17 de maio de 2011

o medo torna-nos sós.

será favorável e estará escrito?

normalmente os textos tendem a delinear-se a si próprios; não há controlo sobre a tinta que escorre, só sobre a mão que segura a caneta da vida. [e, mesmo essa, às vezes escorrega, esborratando as linhas perfeitas e criando novas reticências no caminho]

segunda-feira, 16 de maio de 2011

o segredo da felicidade é saber cair nas tentações

sou um mau partido. sou mesmo.

sou um mau partido porque falo. e muito. falo, falo, falo. dou a minha opinião, sempre. gosto de uma boa discussão e odeio que me digam o que pensar. sou um mau partido porque tenho ideias próprias e critico o que me rodeia.os homens não costumam gostar disso, então sou um mau partido.

sou um mau partido porque não faço tudo o que me mandam, porque sei bem o que quero da vida. porque vou ter uma carreira, porque sou minimamente inteligente, porque não vou ficar fechada em casa tal doméstica a ver os programas da manhã na TVI.

sou um mau partido porque adoro política. e ciência. e todos sabem que uma mulher assim é perigosa.

sou um mau partido porque adoro cozinhar. e comer. e limpezas. tenho a mania da organização. sou um mau partido porque iria cozinhar todos os dias refeições saborosas e iria arrumar a casa mesmo após um esgotante dia de trabalho.

sou um mau partido porque tenho sentimentos. porque não sou constante, porque sei o que não quero e mesmo assim não sei o que quero. porque sou falível, ingénua e humana.

sou um mau partido porque quase não durmo. envolvo-me em tudo. luto pelos meus ideias. faço muita coisa ao mesmo tempo. arranjo tempo onde não há. perco dias de vida e horas de sono.

sou um mau partido porque não iria dedicar 24h/dia à pessoa que estivesse comigo. porque tenho mais que fazer. mas que iria estar 24h/dia sempre com ela. paradoxo hein?

sou um mau partido porque quando precisam perco o meu dia, por eles, por todos. quando estão doentes cozinho, lavo, trato, cuido. quando estão tristes animo, falo, acompanho, compreendo. quando simplesmente estão...largo tudo e vou.

sou um mau partido porque escrevo. porque a medicina é a minha vida. porque quero demasiado fazer tudo a todos.

sou um mau partido porque não sou perfeita. não tenho o corpo perfeito. vou ao ginásio e faço dieta e mesmo assim não sou perfeita. não sou lindíssima e não ando sempre arranjada. não sou perfeita porque não arranjo as unhas todas as semanas nem vou ao cabeleireiro todos os meses. não sou perfeita porque não ando sempre de saltos altos. sou um mau partido porque sei arranjar-me mas também sei ser comfortável e adequar-me à ocasião, ao local, à pessoa.

sou um mau partido por querer uma noite especial, romântica, "aquela noite". e, mesmo assim, sou um mau partido por saber e querer ser arrojada. por gostar de um bom despique. por gostar de joguinhos. por adorar sensualidade e um copo de vinho. por ser bruta e doce ao mesmo tempo.

sou um mau partido porque sim. porque claramente vou sempre ser. porque não sou ideal.

é, sou um mau partido.

domingo, 15 de maio de 2011

inspiração como fôlego [coisas que eu devia ter escrito#2]

"Às vezes penso o que leva, a mim e às outras pessoas, a esconder das outras o que, na realidade, são e sentem. Alguns diriam que é a vergonha, a possibilidade de serem invadidos por olhares rudes e avaliadores até ao final das suas vidas. Ou talvez seja o medo de se sentirem vulneráveis pela primeira vez na vida, depois de baixarem as muralhas que ergueram durante anos e anos, que tão prudentemente souberam manter. Ou será o interesse e a conveniência de uma vida melhor, o desejo pelo luxo que triunfa sobre a sinceridade e o respeito por nós próprios, ao ponto de permitirmos que nos usem e abusem até perdermos, de todo, qualquer noção de ser? Ou, por outro lado, vivemos aterrorizados com a ideia de nos perdermos no meio do entusiasmo que é, finalmente, mostrar ao Mundo a nossa verdadeiras potencialidade – que tão ultrapassa as banais características que nos descrevem à vista dos outros?
Aceitar estas possibilidades acarreta, para além do mais, admitir as nossas fragilidades. Se temos vergonha, somos idiotas por achar que não temos o direito de ser nós mesmos e que nos devemos ajoelhar para a sociedade. Se nos sentirmos vulneráveis, somos simplesmente fracos de espírito e incapazes de nos mantermos de pé. Se apenas queremos comodidade, somos desprovidos de sentimento. Se tememos as consequências da nossa originalidade, somos apenas cobardes. É quando penso nisto que deixo de acreditar em Deus. Pergunto-me qual seria o interesse em criar e suportar criaturas como estas, tão reles e parasitárias. E, se toda esta lenda for verdadeira, acho que Deus deveria ter pensado duas vezes antes de descansar ao Domingo.
Ao pensar nas horas que passo na privacidade do meu quarto… O que faço, o que digo, o que penso, o que vejo… Agora sei que é todo esse conjunto que, embora desvanecido no meio da rotina, dos problemas e do convívio com os outros, me diz quem sou na verdade. A seguir, levanto-me e olho para o espelho, e tento responder à pergunta que ele me faz:
E então, o que é que escondeste hoje?

A resposta, essa, é mais simples e complexa do que parece.


Tudo."
J.



------------------------------------------------------------------------------------------------------




porque há mais para descobrir sobre cada um de nós; mais sob a superfície. obrigada pela lufada de ar fresco, J.

maus hábitos

tenho uma tara qualquer por bad boys. rapazes rebeldes que quebram as regras ou simplesmente as ignoram. rapazes que só trazem problemas e que nunca seriam aprovados pelos meus pais. rapazes que são capazes de me empurrar à força contra uma parede e insultar-me e, mesmo assim, conseguir que se faça amor com eles depois. rapazes de barba por fazer, com maus hábitos e muita lábia.

feliz ou infelizmente, continuo a apaixonar-me mais pela personalidade e por conversas inteligentes. se assim não fosse julgo que estaria condenada a uma vida de deboche.

sábado, 14 de maio de 2011

fala-me ao ouvido enquanto me agarras pela cintura


nunca acreditei muito nessas tretas holístico-pseudo-científicas: os horóscopos. aliás, não acredito. mas também não acredito na palavra 'nunca' e gosto de estar disposta a novas experiências. por isso, noutro dia, deparei-me com a seguinte frase:







em vez de, tal como faço sempre,  ignorar , decidi prestar um pouco mais de atenção - ler com olhos de ler-. e apercebi-me de um facto curioso: não só julgo que isto é verdade, como também outras citações o eram. claro que, no meio de tanta bipolaridade da minha pessoa, seria difícil não acertar e, sim, há coisas que são totalmente antagónicas à minha pessoa. mas, neste caso, confesso que tocaram no âmago da questão, ao de leve é claro - uma espécie de 'afagar o ego com a ponta do dedo' - mas tocaram e eu senti.

já há algum tempo atrás me questionava em relação a esta área crucial da minha personalidade. se se me afigura óbvio que o prazer é muito importante, não deixo de perceber que cada vez mais o caminho mais fácil para me estimular é...a mente. o meu cérebro. com isto não digo que não reaja a avanços físicos (porque, acreditem em mim, reajo - e muito! -, em especial se envolver carícias no pescoço, uns sopros leves de ar na bochecha, um sussurro ao ouvido e as chamadas festinhas. é isto tudo e conversa explícita - nunca consigo resistir) mas prefiro uma conversa intelectualmente estimulante salpicada com uma pitada de irreverência e discórdia. porque eu adoro, mas é que adoro mesmo, "picanços" - toda a tensão criada por uma boa discussão e troca de ideias excita-me mais que qualquer conjunto de músculos bem definidos e torneados num corpo perfeito.

porque, sabem, é tão sensual quando podemos discordar de forma inteligente do outro acabando encostados a uma parede, com a respiração ofegante, selando um pacto de tréguas com a união do corpo.