quarta-feira, 30 de março de 2011

#because age is just a number and still i have a lot to learn#

then again, i seem to get everyone.i seem to have already felt like everyone does.

and still no one gets me.

because i'm always one step ahead -  i'm an old soul trapped in this freaking stupid young damaged mind.

segunda-feira, 28 de março de 2011

badabim badabum

a vida é um fio de cristal num tapete de mármore

domingo, 27 de março de 2011

vou tentar quiçá não levar as coisas tão a sério e talvez regressar aos meus dias áureos de sarcasmo irónico em tom joco-satírico

porque mesmo sendo como sou, o humor é a melhor receita de sempre. e rir? "rir é o melhor remédio"



quero voltar ao ponto de partida (?)

e tivesse eu a coragem dos homens comuns, esses heróis do dia-a-dia que nada pedem em troca senão um simples sorriso

re-birth: the beggining

falo demais. penso demais.

julgo que sou daquelas pessoas que se entregam completamente. numa espécie de "podes ficar com tudo. com o meu corpo, a minha alma, tudo o que tenho. podes ficar mesmo com tudo. até à exaustão - à minha exaustão." e, depois, quando esse dia chega, a única maneira de curar o cansaço existencial, de não me perder totalmente, é interessar-me por outra pessoa. para curar - ou tentar regenerar o máximo possível dos restos que o anterior deixou. restos sim, porque quando se dá tudo, quando a entrega é total, e depois pedimos a sua devolução, nada volta como era. ficamos diferentes, mudamos.

#já perdi demais de mim#

ultimamente tenho acordado e não tenho sentido nada. perdi-me, penso eu. é como se um vazio tivesse ocupado esse lugar do pensamento em demasia, dos sentimentos em demasia, das palavras em demasia - não que use palavras a mais, apenas o uso excessivo da palavra. este vazio, este não sei bem quem sou, não encontro o meu equilíbrio, aquilo que me define, é pior do que a morte. viver assim é inviver.

julgo que talvez tenha de chegar ao caos, à destruição, para recomeçar: voltar ao início. se bem que, na verdade, nunca voltamos à casa de partida nem recebemos os 200 euros devidos sempre que por lá passamos. não! porque ficam marcas, escaras do passado. o que já foi, já era! sim, mas como pretérito imperfeito que é, o 'era' continuará a ser indefinidamente, pois nunca 'foi', nunca se completou.

#fugir#


não sei o que me espera. desta vez não sei mesmo. porque não sei de mim mesma. indeterminadamente absent. é isso.

"ainda te amo" "então, se me amas, sempre que pensares em mim envia-me luz e amor. e, depois, esquece"

tenho tentado. não sei bem o quê, [esquecer?]. mas tenho. "o teu problema é mesmo esse! tentar! não tentes. esvazia a mente" - oh, mas eu sou um fluxo constante de pensamentos, gestos, palavras faladas e repetidas! sou tão mas tão transparente que mais pareço papel vegetal: translúcido e perfeito para um decalque da vida de alguém.

#um jardim de camélias perfumadas salpicado por um gotejante orvalho matinal parece-me o paraíso neste momento#

escrever: pensei que ia ajudar-me a perspectivar as coisas. as circunstâncias. o porquê de tudo. (porque é que não posso «Comer. Orar. Amar» e ter um final feliz?; bem, ainda nada acabou) mas não, escrever, ler, gritar, fugir {AI!} nada disso ajudou. nem empanturrar-me. nem toldar a mente e o espírito com bebida. nem deixar tudo e partir.

"and I'm in a crowded room screaming at the top of my lungs and no one even seems to listen, no one even seems to care"

a fragilidade de um vaso capilar é assustadoramente grande e, mesmo assim, são vasos como estes que nos permitem viver. talvez eu, na minha fragilidade aparente, seja mais forte do que os olhos antevêm. não gosto de pedir ajuda *mania da independência* mas desta vez peço. não sei bem que ajuda nem a quem, mas peço.
porque me perdi e perdi o rumo e esta não sou eu. não tenho nada em comum com ninguém, com que devia ter, com quem queria ter.

mesmo que desse a volta ao mundo, fizesse 'a' viagem da minha vida, meditasse, encontrasse o que quero encontrar, descobrisse 'o' segredo, mesmo que fizesse as malas e partisse, não iria ser feliz.

(já se depararam com aquele momento em que pensam na vossa vida e a única coisa que sentem é o que raio estou aqui a fazer? como é que me deixei levar até este ponto? aquela ideia de que temos tudo e, mesmo assim, não somos felizes)

e, no final disto tudo, envio-te apenas luz e calor e amor. sem nunca te amar de verdade. porque não preciso de dizer que te amo para me amar a mim mesma.

sexta-feira, 25 de março de 2011

às vezes basta estar.

afiguram-se tempos negros, para todos. a humanidade está lentamente a corroer toda a sua glória num ímpeto auto-destrutivo magnífico - uma espécie de 'destruir depois de ler' como se vê com as mensagens ultra-secretas nos filmes de acção e mistério.

mas, mesmo assim, e apesar de reservar cerca de 35% do meu cérebro a preocupar-me com o mundo (a desejar que um rasgo súbito de cognição ponderada entre o racional e o emocional invada toda uma espécie de mentecaptos superiores) não deixo de usar outro tanto para fazer aquilo que sempre faço: uma auto-reflexão idiota e pouco ponderada - nunca auto-comiseração, isso jamais! - mas sim um uso pouco coerente das minhas faculdades intelectuais ao serviço de Sua Majestade o Sistema Límbico e as suas Emoções que mais parecem fruta cristalizada num bolo rei ressequido após uma dessas épocas natalícias atribuladas (ou uns electrões incrustados no modelo do 'pudim de passas' de Thompson).

por mais olvidável que tudo isto seja - uma insignificância rítmica do fluxo de palavras que caracteriza o meu débito pessoal - fiquei a pensar que são as coisas mais pequenas que mais nos magoam. porque na realidade, tudo o que seja de maiores dimensões é, a priori, mais fácil de se antever e, quando nada o previa, foge simplesmente às leis naturais do universo.

Sinto-me afastada de tudo. de todos. de vocês. e não sei bem porquê. mas sei que sinto.

a minha frequência emotiva está a decair. a continuar assim, a próxima avaliação dos parâmetros irá afigurar-se conclusiva para uma bradicardia psico-afectiva extrema.

#The day breaks not; it is my heart#

segunda-feira, 21 de março de 2011

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

queria escrever aqui uma carta, para ti. aliás, para várias pessoas. mas não consigo. já tentei pensar porquê. porque é que não consigo? mas aparentemente o meu cérebro recusa-se a colaborar comigo, como aliás tem feito ultimamente.


queria fazer qualquer coisa do género:

#Querido xxx,


"Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...


E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...


Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...


Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão..."


Mas pensei que transcrever não seria suficiente, apesar de verdadeiro. Peço desculpa. peço mesmo. por te ter feito tudo e nada ao mesmo tempo. por não ter a coragem de te contar. por não saberes. não sabes. porque nunca te vou dizer. nunca hás-de saber que és tu que povoas os meus sonhos frágeis e quebradiços tal verniz estalado.


"Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.


Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti..."


Pensei então que devia quebrar esta falácia com outra transcrição, algo do género:
"Trocámos muito mais que um olhar
Tanto
Que achei que podia dar
Aos segredos que dizias guardar", ainda que, a bem ver, um rol de segredos tens tu. tantos. e nada me dizes. e eu apesar de te dizer os meus, alguns, nunca tos direi todos. mas isso é bom, certo?
Por isso, virei-me para outro lado e constatei que não sei falar. é que não sei mesmo, repara:
"E soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...

A timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...


E retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar...


E o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar...", não, não sei mesmo falar de amor.


Talvez, uma nova estratégia quiça:
"Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.


E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.


O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu."


Penso, enfim, que nem assim lá ia(s) porque não irias perceber - "Devia ser como no cinema, A língua inglesa fica sempre bem, E nunca atraiçoa ninguém."


Deixo então um pouco de mim, aqui.


"Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém...

Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém (...)"
Mas a mim não me passou ao lado.

sabes, um dia vais saber. um dia vou-te contar. quando não precisar de uma caneca de chocolate quente a fumegar para me acalmar a garganta inchada e a voz rouca de tanto tentar contar-te.


Penso contudo que Fernando Pessoa concorda comigo, ora repara:
"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.


Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer


Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!


Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!


Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..."

A diferença é que tu és um 'ele'- sim, picuinhas com os pronomes pessoais - mas de resto, oh de resto!, tudo se me afigura igual.

Julgo ser tudo. não disse, como vês, nada do que queria.

com ,talvez, amor,

C.

(não, não te posso amar como nos filmes. nem nutrir dessas paixões fugazes. mas julgo que entendes quando digo que o talvez seja a melhor forma de descrever o que sinto ou, melhor, o que quero)

domingo, 20 de março de 2011

"this is my decision to live fast and die young"

a estupidez inerente a uma única decisão pode mudar uma vida. isso já se sabia.

porque é que peguei naquele copo e com um gesto descuidado o levei à boca, bebendo do seu suco com um ar de lolita despreocupada e deixando uma marca de baton vermelho no bordo desse cristal translúcido?para a próxima acho que devia colocar os meus óculos coloridos e extremamente intelectuais para ver se o mundo se me afigura menos adocicado quando provo o néctar dos deuses embebido na ignorância dos comuns mortais.

mente toldada? descuido? mau julgamento? erro? #you won't be forgiven, not this time#


there's no time such this time

remember that happy time? i don't.

and i always wonder why the hell do i always think this time is the time when obviously i have no idea that this time is worse than the time before.

domingo, 6 de março de 2011

oi?

apercebi-me da razão desse povo quando se diz por aí que escrevemos mais quando estamos tristes, ou melhor, quando não estamos felizes.

#não faço a mínima ideia porque é que estou feliz#
(um wtf? seria bem merecido agora)

we're always "right on time"

se chego quando chego por alguma razão foi. e, independentemente de qual tenha sido essa razão, cheguei à hora a que tinha de chegar.

terça-feira, 1 de março de 2011

"se gosto de ti, se gostas de mim, se isso não chega tens o mundo ao contrário"

"Fica, enquanto não fores, será sempre tempo de partires, Por que queres tu que eu fique, Porque é preciso, Não é razão que me convença, Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar, Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto, Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei, Olhaste-me por dentro, Juro que nunca te olharei por dentro, Juras que não o farás e já o fizeste, Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro, Se eu ficar, onde durmo, Comigo."

  José Saramago, Memorial do Convento





quebrasses tu as barreiras intransponíveis que defines a ti próprio e o meu mundo de cristal e vidro seria bem mais transparente. 
«and i won't lie. i wish it lasted a lifetime»

seria assim tão mau se eu te amasse e tu soubesses?

se um dia te encontrar na rua conto-te a minha vida toda ao jantar. e depois, ao pequeno-almoço, sairás porta fora com o maior conhecimento que alguém pode ter sobre mim; sairás a saber como sou de verdade: sem as capas de napa ou nylon que sempre me envolvem, nem o cuidado de vidro que tenho sempre que falo e muito menos com o plástico das galochas que me estrangulam a vontade de me revelar a ti sempre que telefonas ou eu telefono ou sei lá - desses sei lás que temos com as canções mais descabidas mas sempre as mais certas.



se isto é só amizade porque é que sinto que, mesmo nunca te perdendo - sim que eu sinto e sei que é para sempre mesmo que nos esqueçamos disso - perco qualquer coisa todos os dias?

não sabes como me fazes feliz apenas com uma palavra. nem o quão triste fico por saber que sempre seremos grãos de areia numa qualquer praia perdida e deserta

pergunto-me repetidamente "PORQUE É QUE TEM DE SER TÃO DIFÍCIL?" "PORQUE É QUE É TÃO INJUSTO, SEMPRE?".

É curioso sermos iguais mas diferentes. tão iguais. o único problema é que tu não sabes (and how could you?)

sabes, acho que crescer é admitir aquilo que somos e sentimos, seja o que for, e assumirmos isso. ou talvez não. talvez a minha visão adocicada e perfumada seja mais uma brisa que sopra num dia quente de Primavera e transporta consigo os suspiros escondidos do amor, uma carta selada com um beijo ou apenas ar.

tenho uma certeza, apesar de tudo: é triste.

"have i told you lately that i love you?"

is there anything more perfect than a cup of lemon tea in a white garden?
 
 
 

funny how everything seems to be so fucking ironic

FODER. sim, foder.

eu tinha qualquer coisa de profundo a dizer sobre isto, fislosoficamente elevado até. mas aparentemente esqueci-me.

"como suspiros na noite naquele sítio que nunca mais esquece, mesmo que as pessoas esqueçam"

o frio lá fora lembra-me da realidade das folhas caídas, dos dedos gelados, da lã ostentada e aconchegante. lembra-me dos dias de chocolate quente, mantas, filmes e pipocas acabadas de fazer.

o frio lembra-me os traços refinados do teu ser eterno.

a lembrança ficará para sempre. cristalizada no frio que faz lá fora.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

sim, porque o que eu mais quero é saber como vou morrer - e daqui a quantos anos - sempre que me ligo ao mundo e ele se liga a mim.

Navegar na rede (ou será SEM rede?) é, a cada dia que passa, uma cada vez maior surpresa perigosa que pode acabar numa queda aparatosa mesmo para o mais hábil dos trapezistas.

Pop-ups como "Saiba como vai morrer", "Descubra quem foi numa vida passada e encontre significado para a sua vida presente", "Deus ama vocês: leia a carta que Ele lhe escreveu" e afins, parecem sempre encontrar-me seja a que horas do dia for...

"Você ganhou 1.000.000 dólares porque é o nosso 43567709866338483 visitante -
- ISTO NÃO É UMA BRINCADEIRA, GANHOU MESMO"





Ah, mas se eu tivesse tanta sorte noutras coisas como tenho quando ligo o meu PC e navego, navego, navego...tal malabarista de ondas electrónicas e dados digitais.

AH, SE EU GANHASSE SEMPRE QUE TE LIGASSE.


ponho-me a pensar porque é que carrego 'gosto' em certas coisas...é que, em retrospectiva, não faz sentido nenhum.

É uma dúvida que me assola: se podemos referir-nos a uma 'blogosfera' porque não a uma 'facebook-o-esfera'?

Neste âmbito surge-me uma outra questão: porque é que 'gostamos' publicamente das coisas? Quer dizer, se eu sei que gosto porque é que me surge a necessidade de carregar num botão para todos poderem ver que aquele tema/frase/foto/pensamento/PESSOA é do meu agrado? - note-se o ênfase em 'pessoa' porque, na realidade, não há um botão para se dizer que se gosta de alguém, mas às vezes gostava que houvesse.

Na realidade, o que hoje me assombrou foi o facto de, talvez, querer não um botão de 'gosto' mas a capacidade de 'desfazer' esse clik (como na própria rede social) e 'deixar de gostar'.

Porque, sejamos sinceros, era tão mais fácil se eu não gostasse.

«that everybody needs somebody to love... and everybody needs somebody to care»

«dou-te nada quando queres tudo. dou-te tudo quando queres nada.»

escolha múltipla

lembram-se quando éramos pequeninos e íamos ter com uma pessoa que não conhecíamos e bastava dizer "olá! queres ser meu amigo?" e a partir daí ficávamos inseparáveis?

ou quando um grande amor se resumia a um papel com 3 opções «gostas de mim? <sim> <não> <talvez>» e com uma simples cruzinha resolvíamos questões que hoje achamos complexas?

quem me dera que agora fosse tudo tão fácil assim...

adoro as nossas longas e filosóficas tête-à-tête com cheirinho a laranja, chá de camomila e torradas quentinhas com manteiga

C. - "está tudo de pernas pró ar"M. - "oh. parece que nada se consegue manter estável durante muito tempo, não é? parece que é de propósito" C. - "Sim.acho que sim. quando pensamos que estamos bem e que está tudo a correr como era suposto, algo sucede e BAM!"M. - "deve ser assim a vida toda. antes achava que não, que chegaria uma altura em que as coisas se mantinham mais ou menos felizes e constantes..."C. - "é, também achava isso sim. às vzes os sonhos desfazem-se como algodão doce numa pequena feira"M. - "oh true. mas sabes, há sempre um senhor simpático algures numa caravana a fazer mais"C. - "pois, mas às vezes a caravana está fechada, ou longe ou não gostamos muito do seu aspecto"
M. - "então resta-nos as pipocas"
( C. - "quase sempre doces de mais, ou queimadas, ou cheias de casquinhas de milho, ou -  na versão salgada - com demasiado sal, muita manteiga...enfim)


os sonhos são fantasias de crianças gulosas

sábado, 19 de fevereiro de 2011

"liking someone doesn't mean you have to be lovers, you just have to be friends"

porque é que quando dizemos a alguém "gosto de ti" há logo uma enorme conotação social em torno do assunto que exagera e exaspera todo um contexto de inocência inerente ao interlocutor?

tantas foram as vezes que disse "AMO-TE", mas um "AMO-TE" sentido, real, eterno apesar de tudo o que pudesse suceder. e sabem quantas dessas vezes esse "AMO-TE" com todo o seu significado foi para um amante, uma paixão? zero.

quando gostamos de alguém não importa a natureza da relação. importa o valor e sinceridade do sentimento. importa dizer 'gosto muito de ti', 'adoro-te' ou 'amo-te' quando queremos, precisamos ou vemos que o outro precisa; quando isso é verdade. independentemente do resto.

AMO-TE.

tenho andado a pensar demais em ti, Tu que não és nenhum dos outros Tus que aqui se encontram para tomar chá nas minhas palavras. um novo Tu, talvez. mas desta vez, e ainda com tanto daquele Tu ainda a pairar no meu pensamento, vou ter calma.

Não quero precisar das tuas palavras. Não quero. Não quero. Não quero.
Não quero mais palavras.
Quero gestos. Quero qualquer coisa que não sei que quero.Que tenho medo de querer.
Tenho medo de pensar em ti porque na realidade não devia. Não é justo para ti, para mim, para nós, para ele(s).
Sou tão incapaz de conseguir desligar-me das letras e das palavras e das frases e dos textos. Sou tão incapaz de diminuir o fluxo linguístico de que necessito.
Sou tão fácil de ler e tão difícil de folhear. Sou um livro inútil, inacabado e incompleto - Sou um infinito de vocábulos que desperdiças.

E, mesmo assim, não me farto das tuas palavras.

am i allowed to feel like breakig some rules?

Tenho de perceber o que quero. Sempre foi este o meu problema. Querer por querer ou confundir o que queria. Não sei se escrevendo a coisa lá vai. Mas é certamente mais útil que chorar compulsivamente.Talvez. Talvez seja isso. Sou demasiado exigente. Exijo demais de mim e deposito esperança a mais nos outros. É isso.

"to see if i can catch a dream"

Ultimamente só utilizo a palavra "não" e o prefixo "in" e toda uma panóplia de negações estáticas e desligadas de tudo.

Já estava na altura de começar a afirmar qualquer coisa. Qualquer coisa que valesse a pena.

"when the moon fell in love with the sun" backwards

Um dia o Sol encontrou a Lua e disse-lhe que a amava...

Mas ela não o quis e, desde aí, fogem um do outro, com medo da Terra - que para eles era a sua vida-, deixando-nos, a todos, momentos de escuridão seguidos de pequenos acordes de luz, mas que de nada servem porque nunca ninguém a vai amar como ele a amou.

"tenho comigo tudo o que preciso: ar nos meus pulmões e algumas folhas de papel em branco"

Façam a vossa escolha, gentlemen - pode ser que sangue fresco me ajude a pensar melhor:

preciso das tuas palavras   como de uma droga
            dos teus sorrisos             de ar
            dos teus abraços             do bater do coração
            de ti                                de viver


pode ser que um dia deixe de ter necessidades fúteis como estas.

all you get is pain

C. - "a desilusão vem sempre embrulhada num papel brilhante e perfumado, de tal forma que a confundimos com um chocolate. a diferença aqui é que a desilusão se torna muito mais difícil de digerir e em vez de nos fazer sentir bem, põe-nos a chorar."

M. -  "mentira. nesta tua observação esqueces-te das pessoas intolerantes ao chocolate... não acho bem da tua parte, como futura médica"

C. - "pois. infelizmente começo a desejar nunca mais poder provar, cheirar sequer chocolate. é demais."

M. - "not good for you. some sweetness is always good in our lives."

C. - "not if it gives me pain afterwards"
(...)
M. - "pain is just karma working."

C. -  "oh is it? then i must have been a terrible person in my other life"

M. - "if by being a terrible person you mean having lots of fun. (oh, wait. normalmente sao sinónimos.. :x)"

C. - "yeah. have i brought this all down on me?"


HAVE I?
 maybe being good is old-fashioned. maybe i shouldn't care.

Um dia sopro-te para longe e fujo. Sabes, é que tenho o vento do meu lado.

Quero voar em ti. Mergulhar no teu cheiro.

Que te aponte a ilusão

Eu acreditava.
Agora já NÃO acredito.


WHAT IS THE USE OF TRYING?


(be) the one that saves me

first time...

«give me wine and i'll drink it all, then throwing the bottle at the world»
that's just the problem, you see.

A vida esvoaça por entre os meus dedos, fugindo

Aquele caminho infinito
Que percorro todos os dias
Por entre as folhas outonais caídas...
- Mas não era já Inverno?
Devia estar tudo morto...

Sabes que escolho andar,
Pessoa entre a multidão,
No frio inquieto.
E sinto.

Sinto todos aqueles
Arbustos e folhinhas
Que no meu caminho,
Labiríntico,
Perdem a noção de Si.
De Mim.

Sou Eu que escolho
Atravessar para o Outro lado,
Ignorando a Vida e a Sensação.
Alimentando a Solidão.

Tantas vezes quis
Tantas vezes fugi
Tanto sinto e
Tanto penso
Que Nada tenho. Tudo perdi.

Aquele caminho infinito chega ao fim.
Com o entulho de Mim.

Já Nada é suportável,
Nada.
Nem mesmo o pavimento ordenado no caminho da Vida.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Linger

isto resume tudo. não sei que palavras escrever mais.

as cartas caíram em desuso. mas se pudesse escrevia uma para ti.
«aliás, se pudesse não. quando tiver tempo. já.»

as coisas aconteceram de forma tão repentina, foi tudo tão rápido. mas ganhei aquela coragem, falei-te. acho que fiquei a conhecer-te melhor. espero. e, apesar de tudo, não posso deixar de sentir um enorme carinho perpétuo.

somos diferentes. mas somos ambos livres. queremos ambos ser livres. embora eu saiba que se fôssemos (sim, nós, juntos) seríamos livres na mesma. resultávamos. resultamos.



mereces que continue a escrever sobre ti. mesmo sem quereres o que eu quero.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

So, in a manner of speaking, I just want to say that, just like you, I should find a way to tell you everything by saying nothing.

tenho tanta coisa para dizer. e não consigo escrever nada.

i wish you could hear me without me saying anything.

am i?

sabes, eu tento. juro que tento. tento demais até, de acordo com eles, de acordo contigo.

o conceito de 'demasiado querida' é um pouco confuso para mim...serei só eu?

enfim. eu estou aqui, sou chata, sou querida, sou tudo e sou nada. estou aqui para te apoiar mesmo que não queiras, mesmo que não vejas isso. estou aqui. e daqui não saio.

pode ser que um dia me vejas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ave Rara


Não. Não te vou dar o prazer de ficares inchado tal perú na Véspera de Natal, até porque inchado já és.

Na realidade, mais depressa te recheava para ires ao forno e depois te trinchava para servir numa bandeja dourada ao mundo - e sim, aí sim para ver as tuas entranhas como elas verdadeiramente são - do que te regava com o meu molho especial.

Tic tac,tic tac, tic tac... o relógio está a contar; a travessa está pronta para servir; só falta mesmo chegar a época da caça às aves... e não te vale de nada esconderes-te, é a lei do mais forte que subsiste e,desta vez, I'm the one holding the gun.

contracção da proposição 'com' & o pronome pessoal 'migo'

Quem me dera ser feliz longe de ti.


os dias passam e eu fico na mesma. horas a fio a pensar o que terei feito de errado, porque é que não sou suficientemente boa para ti? e mesmo assim não consigo largar porto. mudar de mares, levantar âncora.
até já as gaivotas troçam de mim - sim, as gaivotas! - até elas. não há nem mar nem rio nem terra que me tire estas amarras e desfaça os nós que deixas(te) em mim. nós fortes, de marinheiro do alto-mar e não de um qualquer capitão de água doce; muito menos de um surfista da banheira.

até que apenas me pergunto: onde estás tu? onde está o barco? onde está a carta de apoio à navegação? é que, sabes, mesmo querendo navegar, torna-se difícil fazê-lo sozinha sem mapa, sem rumo, sem Norte.
melhor!, parece que a bússula avariou deixando apenas o Sol como ponto de referência. e, esse, todos sabemos como pode ser enganador na sua opolência ofuscante, cegando-nos e queimando-nos a pele.

(depois, temos sempre os icebergs catastróficos, claro; pedras de gelo duras como tu)


em vez de remares contra a corrente, vai mas é nadar com o teu
"Patinho de Borracha"

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

posso fazer um castelo de areia?

e se me deixasses criar uma fantasia no ar salgado, naqueles dias de mar perfeito, calmo e límpido dos quais tenho saudades e pelos quais anseio, tal criança inocente à espera do seu chupa-chupa colorido?

seria assim tão mau? construir castelos de areia banhados pelas ondas resolutas.... fazer barquinhos de papel capazes de navegar oceanos inteiros só para te achar... ou um avião numa folha escrevinhada e semi-amachucada que voasse com a ajuda do vento calmo de Verão...?



e se um dia fôssemos?





não te apoquentes, eu 'tomo cuidado' com as minhas fantasias de cristal.
 nunca me esqueço da sua fragilidade

domingo, 9 de janeiro de 2011

crescer dói

apercebi-me da inevitabilidade de crescer. falta um mês para aquele 'já passou mais um ano? damn' que todos os anos me assola. olhando para várias coisas concluo que nada vivi comparado com o que podia ter vivido

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Acto III - "like a bone, i'm so breakable"

"it's all about the hormones. it's all about the hormones. those dreadful hormones. it's all about them. it can only be. i wouldn't cry like this if it was not. it's all about the hormones. i must have a problem. i have to go to the doctor. it's all about the hormones." - i keep telling myself.

But is it? If I really start to do what people tell me to - if I start to think it through - maybe I'll see it's not. Not about the hormones. Maybe I'll believe I could be saved.



Maybe I can live; not survive, but live.



somos uma horta feliz de vegetais doidos

(porque todas as boas conversações merecem destaque na nossa vida)

C.-"subjugar é uma palavra quase tão boa como possuir."
M.S.-"ouch..."
C.-"sinto-me tied up."
R.C.-"nããããããããão"
C.-"sim. my heart is being crushed like toast crumbles"
R.C.-"odeio"
C.-"it's pretty poetic though. and tragic. shakespearean even"
C.P.-"darling, you give love a bad name"
R.C.-"Shakespear hated toast. he prefered pears. mexidas, não batidas."
C.-"i like apples. they're juicy" "love calls himself bad names"
C.P.- "Strawberry fields forever"
R.C.-"‎'amor', o sentimento que tem um disturbio de personalidade."
C.P.-"Love can do that 'cause he's more powerful than you.Whoever has more power wins."
C.-"a bipolaridade dele faz com que tenha cabeça happyfílica e uma cauda happyfóbica."
conclui-se que:
a)o amor é um ditador cujo poder julga ser supremo e superior ao meu.
b)ele é uma molécula anfipática

c) tem um distúrbio de personalidades múltiplas
d)tem problema psiquiátrico - é bipolar
e)esta questão não tem resposta dado que é eticamente reprovável
f)todas as anteriores.
g)nenhuma das anteriores"

R.C.-"one of these days, Alice... right to the moon!"
C.-"‎'sky is the limit'; 'estou na lua, não me chateies que eu agora estou na lua'"


SOMOS VEGETAIS.

#cenourinhas são prós coelhinhos \m/

cartas ao vento #3

brisa que me trazes todos aqueles que me amam.
OBRIGADA.
és o ar que me aquece a alma,
o toque macio, a ternura, que me acaricia a pele,
o beijo que me aconchega.

brisa que me trazes todos aqueles que me amam.
és tu.

happy people with their happy faces everywhere in pairs, doubling up. how i hate to gamble.

i hate happy people. i hate them, really.

why do they all have to be happy when I'm feeling miserable? and with their oh-so-perfect lives surrounding me from everywhere?

and why does it always seem that when one gets happy, everyone else gets happy as well? geez.

I DO NOT HATE HAPPY PEOPLE. I JUST ENVY THEM.



(I know, I'm stupid, ungrateful and selfish. but I can't stand the crying anymore. because it's not just a river. by now, my tears could fill an entire ocean)


já nem isto faço bem.

cada vez mais vejo o tamanho (e qualidade) dos meus pensamentos diminuírem.
 já nem escrever consigo.

 great. e agora, que é que eu faço?




"vale a pena pensar nisto"

domingo, 2 de janeiro de 2011

erase and rewind

e começar de novo, não? quero.

rewind it. let's go back to the 'nice to meet you' part





METAMORFOSES
dondoca na boa vida. dondoca não, bomboca.

i hate lies

i eat lies for breakfast, at lunch and dinner and still they keep popping up like popcorn.

gosh, how i hate lies.

love actually

não sei o que é o amor. nunca amei. será que amei? não sei. não sei nada.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

pózinhos de perlimpimpim

idiossincrasias.


no matter where we end up, always remember where we came from.


"a beleza está nos olhos de quem a vê" - I SEE YOU





METAMORFOSES
dondoca na boa vida. dondoca não, bomboca.

Acto II - 'Tentar ver beyond the surFace pode ser difícil, mas vale a pena'

às vezes o que vemos não chega. outras vezes é demais.
As aparências iludem,por mais cliché que isso seja.

"i know not what tomorrow will bring"

o futuro é como as pétalas daqueles malmequeres que alguém um dia viu na minha cama. o contraste entre a beleza que é a vida e o amor e aquilo que é uma mera representação de tudo o que somos.

destino?ah, esse cada um tem o seu. mas acredito piamente que pode ser mudado; um bocadinho aqui, outro ali...uns pózinhos mágicos e voilá, mudamos de linha nos carris do nosso próprio comboio. o destino é sempre o mesmo então, o que muda é o caminho, a viagem - porque temos várias possibilidades traçadas, delineadas no chão (os trilhos da vida quiçá) mas cada dia, cada escolha faz com que optemos por um em deterimento de outro, mesmo sem nos apercebermos disso (será magia?)...

o que conta, porém, no final de todo esse percurso atribulado e sinuoso, é a experiência.

"I know not what tomorrow will bring"