sexta-feira, 25 de março de 2011

às vezes basta estar.

afiguram-se tempos negros, para todos. a humanidade está lentamente a corroer toda a sua glória num ímpeto auto-destrutivo magnífico - uma espécie de 'destruir depois de ler' como se vê com as mensagens ultra-secretas nos filmes de acção e mistério.

mas, mesmo assim, e apesar de reservar cerca de 35% do meu cérebro a preocupar-me com o mundo (a desejar que um rasgo súbito de cognição ponderada entre o racional e o emocional invada toda uma espécie de mentecaptos superiores) não deixo de usar outro tanto para fazer aquilo que sempre faço: uma auto-reflexão idiota e pouco ponderada - nunca auto-comiseração, isso jamais! - mas sim um uso pouco coerente das minhas faculdades intelectuais ao serviço de Sua Majestade o Sistema Límbico e as suas Emoções que mais parecem fruta cristalizada num bolo rei ressequido após uma dessas épocas natalícias atribuladas (ou uns electrões incrustados no modelo do 'pudim de passas' de Thompson).

por mais olvidável que tudo isto seja - uma insignificância rítmica do fluxo de palavras que caracteriza o meu débito pessoal - fiquei a pensar que são as coisas mais pequenas que mais nos magoam. porque na realidade, tudo o que seja de maiores dimensões é, a priori, mais fácil de se antever e, quando nada o previa, foge simplesmente às leis naturais do universo.

Sinto-me afastada de tudo. de todos. de vocês. e não sei bem porquê. mas sei que sinto.

a minha frequência emotiva está a decair. a continuar assim, a próxima avaliação dos parâmetros irá afigurar-se conclusiva para uma bradicardia psico-afectiva extrema.

#The day breaks not; it is my heart#

1 comentário:

  1. omg. está tão lindo. turbilhão de emoções, de força, de gritos interiores abafados. de vida. suspiros. tudo. qualquer coisa, estou aqui. para sempre. não quero que te sintas afastada. gostava que procurasses uma justificação para as diferenças. que lutassemos contra isso...

    ... maybe.

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toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.

as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.