quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

às vezes a desilusão vem disfarçada num embrulho de rebuçado com sabor a mentol.

ele passou por mim e sorriu e a chuva cessou de cair na sua cascata de mil e um sons de 'plim plim'.

ele fez o mundo parar de girar.

ele tirou-me o coração do peito e segurou-o na sua mão, a bater 'pum pum' 'pum pum' 'pum pum' cada vez mais alto e irregular.

ele dá e tira, tira e dá.




vou engolir o rebuçado e amachucar o papel de prata, brilhante e reluzente, bem amachucado.

já não posso com esta luta contra o tempo, a tentar ser alguém. afinal, não compreendes mesmo.

1 comentário:

toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.

as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.