A minha alma está ressequida.
Velha.
Como um livro antigo
Lido demasiadas vezes.
Desfolhado e redesdobrado sem fim.
E que se desenrola com cada dedilhar
Salivado que por ele passa.
Com o seu valor e espírito e tudo.
Mas ressequido. Esquecido numa prateleira.
A minha alma é como os livros que leio.
Como os livros que amo.
Como os livros que todos ignoram.
O livro da minha vida.
O livro do mundo.
Alma fechada em si (e sobre si).
Aberta para todos.
Fechada e esquecida para os outros.
Nada. Morte. Nascimento.
Tudo.
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toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.
as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.