penso no quanto gosto de café. no seu cheiro reconfortante, no seu sabor intenso e em todo o ritual que o envolve sempre. simples, claro está - sem qualquer adição; seja açúcar ou leite ou o que seja - gosto mesmo muito de café.
depois, penso no quanto gosto de um chá de vez em quando. seja frio, com uma rodela de limão e dois cubos de gelo, ou quente, simples ou com açúcar e, quiçá, leite. à boa velha maneira inglesa.
mas, no final de tudo, penso em ti. se me escolherias a mim em vez de uma chávena de chá ou de uma caneca de café fumegante. se escolherias beber tudo o que tenho para te oferecer: beber-me a alma e tudo.
sem nunca esqueceres o ritual que envolve o acto de tomar uma bebida: primeiro respira-se, cheira-se, depois leva-se a bebida à boca, prova-se um bocadinho e, por fim, saboreia-se gota a gota até que nada mais reste.
gostava de saber se me escolherias, algum dia. fosse pelo que fosse.
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toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.
as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.