Aquele caminho infinito
Que percorro todos os dias
Por entre as folhas outonais caídas...
- Mas não era já Inverno?
Devia estar tudo morto...
Sabes que escolho andar,
Pessoa entre a multidão,
No frio inquieto.
E sinto.
Sinto todos aqueles
Arbustos e folhinhas
Que no meu caminho,
Labiríntico,
Perdem a noção de Si.
De Mim.
Sou Eu que escolho
Atravessar para o Outro lado,
Ignorando a Vida e a Sensação.
Alimentando a Solidão.
Tantas vezes quis
Tantas vezes fugi
Tanto sinto e
Tanto penso
Que Nada tenho. Tudo perdi.
Aquele caminho infinito chega ao fim.
Com o entulho de Mim.
Já Nada é suportável,
Nada.
Nem mesmo o pavimento ordenado no caminho da Vida.
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toca-me ao de leve, com gentileza. e, depois, quando me tiveres cativado, poderás então fundir a tua alma à minha.
as palavras são coisas curiosas, há quem diga que dão vida. por isso, escreve. dá-me vida.