Quem me dera ser feliz longe de ti.
os dias passam e eu fico na mesma.
horas a fio a pensar
o que terei feito de errado, porque é que não sou suficientemente boa para ti? e mesmo assim não consigo largar porto. mudar de mares, levantar âncora.
até já as gaivotas troçam de mim - sim, as gaivotas! - até elas. não há nem mar nem rio nem terra que me tire estas amarras e desfaça os nós que deixas(te) em mim. nós fortes, de marinheiro do alto-mar e não de um qualquer capitão de água doce; muito menos de um surfista da banheira.
até que apenas me pergunto: onde estás tu? onde está o barco? onde está a carta de apoio à navegação? é que, sabes, mesmo querendo navegar, torna-se difícil fazê-lo sozinha sem mapa, sem rumo, sem Norte.
melhor!, parece que a bússula avariou deixando apenas o Sol como ponto de referência. e, esse, todos sabemos como pode ser enganador na sua opolência ofuscante, cegando-nos e queimando-nos a pele.
(depois, temos sempre os icebergs catastróficos, claro; pedras de gelo duras como tu)
em vez de remares contra a corrente, vai mas é nadar com o teu
"Patinho de Borracha"